Campo Grande receberá mais 10 leitos de UTI adulto para o tratamento dos pacientes com COVID-19 a partir de 04/01, fruto de cooperação entre Secretaria de Estado de Saúde e a SESAU. Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, a iniciativa advém da solicitação de apoio do Magnífico Reitor da UFMS e do diretor do HUMAP, Dr. Cláudio, que prontamente se disponibilizaram a atender a população do Estado de MS. A SES enviou os equipamentos solicitados para que esta ampliação se tornasse uma realidade.
No entanto, a preocupação de gestores e técnicos tem-se mantido em relação ao aumento de casos COVID -19, uma vez que NÃO há mais possibilidades de ampliação de leitos, em especial, devido aos recursos humanos que já estão com o limite de sua capacidade de atuação. A população deve estar atenta aos dados publicados nos boletins epidemiológicos da SES diariamente, pois eles apontam a situação dos municípios frente à pandemia.about:blank
O Estado já possui 135.361 casos confirmados da doença e conforme dados do Boletim Epidemiológico de hoje (2), o município de Campo Grande, por exemplo, apresenta 204.194 casos notificados da doença; 61.482 casos confirmados, o que representa 45,4% dos casos confirmados de Covid no Estado de Mato Grosso do Sul. A Secretária Adjunta do Estado de Saúde afirma: ”o vírus ainda permanece em alta circulação no Estado”.
Vale ressaltar que Campo Grande obteve, nos últimos trinta dias, 14.908 pacientes confirmados com a doença (período de 02/12/2020 a 02/01/2021). As informações apontam que em números absolutos a maior concentração de casos ainda está no município de Campo Grande, bem como a segunda maior incidência estadual durante toda a pandemia que é de 6.785 por cem mil habitantes, ficando apenas atrás de Chapadão do Sul (6.905), mas ainda assim, número bem superior à incidência estadual que é de 4.818 por cem mil habitantes. Não há até o momento qualquer indicativo de diminuição de casos confirmados de COVID-19 em Campo Grande, já que a média diária desse período foi de 479 casos confirmados/dia, exemplificando as semanas 51 (13 a 19/12/2020) – com 3.113 casos e a semana 52 (20 a 26/12/2020) – com 3.287 casos.
Em relação aos leitos de UTI, a pactuação dos mesmos é feita na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) que após as reuniões publica resoluções, que consideram atualmente em Campo Grande, a seguinte disposição – 115 leitos de UTI Covid Adulto nos seguintes hospitais: 69 leitos no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul; 16 leitos no Hospital Adventista do Pênfigo; 5 na Clínica Campo Grande; 5 no Hospital El Kadri; 10 no Humap e mais 10 na Santa Casa. Além desses também são considerados 146 leitos de UTI global/retaguarda, nos seguintes hospitais: 16 no HUMAP, 77 na Santa Casa, 39 no HRMS e 14 no Hospital do Câncer Dr Alfredo Abrão. Portanto, a totalização dos leitos UTI adulto em condições operacionais *para atendimento de casos não COVID e os leitos de retaguarda para o enfrentamento da pandemia* somados aos específicos para COVID contabilizam 261 leitos na Capital. Mesmo com a ampliação, há superlotação de leitos, principalmente, na macrorregião de Campo Grande, onde o Boletim Epidemiológico deste sábado (2), aponta para a taxa de ocupação de 101% de UTI Covid.https://72541e67e8106a4bf51d4c5be8f51beb.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Assim, como nas demais cidades do Estado, percebe-se ainda, um aumento gradativo dos óbitos em números absolutos e na média móvel. O Estado no mês de dezembro apresentou 559 óbitos, sendo 290 (51,87%) de residentes em Campo Grande; a taxa de letalidade estadual encontra-se em 1,7 e a da capital em 1.8.
Testagens
A SES ainda lembra quanto a importância do aumento dos testes RT-PCR. Na Capital, são realizados testes diários no drive-thru de Campo Grande, o que contabiliza 1.806 a cada semana. Até o momento já foram coletados 36.014 para RT-PCR em Campo Grande, o que corresponde a 61,5% de análises por biologia molecular. O LACEN processou 18.519 amostras de Campo Grande, de 1 a 31/12/2020, sendo 7.486 detectáveis, cuja taxa de positividade foi de 40,4.
“Em relação aos casos sem encerramento pelos municípios há de se alertar que a falta de encerramento dos mesmos prejudica a transparência da informação para a população, sendo que na data de hoje, a Capital, por exemplo, apresenta 3.162 casos sem encerramento. Assim, é imprescindível que a SESAU se mobilize em tempo célere para a finalização da investigação dos mesmos”, afirma a adjunta da SES.
Quanto as informações do Programa PROSSEGUIR, alerta Dra.Crhistinne Maymone: “Os indicadores do PROSSEGUIR avaliam o risco por meio de indicadores validados pela OPAS, portanto, é necessária a inserção fidedigna dos dados pelos municípios para que qualquer análise seja feita dentro do rigor da metodologia”. A SES pede aos municípios para continuarem em alerta e com as medidas de restrições que são apontadas como necessárias para o enfrentamento da Covid-19, segundo as recomendações enviadas aos Prefeitos.
Com alta circulação viral, superlotação de hospitais, aumento de número de casos e óbitos, a SES espera contar com o apoio de toda a população no aumento da taxa de isolamento, no uso de máscaras, na higienização das mãos e no combate às aglomerações.https://72541e67e8106a4bf51d4c5be8f51beb.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Fonte: Rodson Carmo de Lima/SES