Aglomerações clandestinas durante o carnaval preocupa especialistas.
A nova cepa do coronavírus é a atual preocupação do Estado. Mais forte, a mutação já foi identificada no Amazonas e em São Paulo, e em Mato Grosso do Sul existe um caso sendo analisado, aguardando confirmação. A compra de vacinas contra a doença por parte do governo do Estado e a consequênte aceleração da campanha podem evitar que uma terceira onda da doença atinja a região.
A infectologista Mariana Croda, explica que uma terceira onda com das cepas do vírus é inevitável, se continuarmos no mesmo ritmo.
“A nova cepa pode ser sim responsável pela terceira onda, não temos uma imunização coletiva, a vacinação de toda a população demanda de tempo e a população não está sendo consciente quanto aos cuidados para evitar a contaminação, tudo isso influência para onde estamos caminhando”.
O secretário de Saúde de Estado (SES), Geraldo Resende, explicou que a oportunidade da compra da vacina russa, Sputnik V, pode ajudar o estado a não ter que sofrer com uma onda de casos da no variante do vírus.
“Devemos imunizar para controlar os óbitos e para não corrermos riscos com a nova variante, com cepas do vírus que se apresentam mais fortes” disse o secretário.
A infectologista esclarece que o plano de imunização nacional é eficaz, mas que ter ofertas de tanto do setor público, quanto do privado, amplia nossas ações de imunização. “Quanto mais ofertas tivermos de vacinas, mais conseguiremos ampliar a capacidade de vacinação que ainda é muito tímida, se continuar nesse conta gotas que vem do ministério, não conseguiremos vacinar toda a população neste ano”.
Conforme a infectologista explica, a preocupação só aumenta com a aproximação da data em que se comemora o carnaval em 2021.
“Com certeza, qualquer feriado é um fator de risco, as pessoas já se aglomeram em dias normais, em datas comemorativas o risco para que festas clandestinas aconteçam é dobrado”, pontuou.
Para o infectologista pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, a proibição de ventos já é uma ação promissora para evitar a alta contaminação.
“Cancelar o carnaval é bom, para justamente não termos aglomerações desnecessárias, além disso é preciso que um trabalho de prevenção e fiscalização sejam realizados pelas prefeituras”, ressaltou. Correio do estado