Em relação à sua própria situação financeira, 23% dizem que irá melhorar antes do fim do programa de imunização.
Sobre a sua própria situação financeira, 61% dizem que irá melhorar após o fim do programa de imunização, 33% afirmam que ficará como está e 4% avaliam que vai piorar.
Foram entrevistados 2.030 brasileiros por telefone celular em todas as regiões e estados do país, nos dias 20 e 21 de janeiro, após o início da vacinação no país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O Datafolha também perguntou se, enquanto todos os brasileiros não forem vacinados, a situação econômica do país vai melhorar, vai piorar ou vai ficar como está.
Apenas 15% dos brasileiros avaliam que vai melhorar. Outros 39% afirmam que a economia ficará como está, e 43% dizem que irá piorar antes da imunização da população ser concluída.
Nesta segunda-feira (25), o ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu a vacinação em massa, dizendo que esse será um fator decisivo para o retorno seguro da população ao trabalho e para o desempenho da atividade em 2021.
O chefe da equipe econômica disse que é preciso seguir exemplos como o de Israel, que começou a imunização da população há três semanas e já vê as taxas de internamento de idosos caírem 60%.
“A vacinação em massa é decisiva e um fator crítico de sucesso para o bom desempenho da economia logo à frente”, disse o ministro, que parabenizou os envolvidos em esforços de vacinação como a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Instituto Butantan, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as Forças Armadas (que fazem parte da logística dos imunizantes) e os profissionais de saúde.
O Brasil tem 685.201 pessoas que tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, mostram dados compilados pelo consórcio de veículos de imprensa até segunda-feira (25). O número representa 0,43% da população brasileira com mais de 18 anos.
Na comparação internacional, o Brasil atingiu o patamar de 3,3 doses por mil habitantes ao mesmo tempo em que Israel havia aplicado 442 doses por mil habitantes. A média mundial é de 8,6.
O país tem aplicado a Coronavac, vacina do Butantan em parceria com a farmacêutica Sinovac, e o imunizante da Fiocruz, desenvolvido com a Universidade de Oxford e a AstraZeneca.
O governo federal não tem previsão sobre quando será possível vacinar toda a população, o que pode atrasar por conta da dificuldade em importar vacinas e insumos para sua fabricação.
Em seu primeiro Boletim Macro de 2021, o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) afirma esperar um crescimento de 3,5% para a economia brasileira em 2021, estimativa que está condicionada ao ritmo da vacinação e à evolução do contágio no país.
Inflação A pesquisa Datafolha também tratou da questão do aumento de preços, que tem pressionado o orçamento familiar durante a pandemia.
Segundo o levantamento, 96% disseram ter visto reajuste nos preços dos alimentos nas últimas semanas, 86% citaram o gás, e 84%, a conta de luz. Os alimentos e os preços e tarifas controlados por órgãos estatais estão entre os que mais subiram no período.
Roupas e calçados aparecem com 57%, percentual inferior ao dos demais itens do questionário.
Reportagem da Folha desta segunda-feira (25) mostrou que, com o fim do pagamento do auxílio emergencial, aumentou o percentual de famílias que tiveram queda na renda por causa do coronavírus.
Entre os que receberam alguma parcela do auxílio emergencial, 51% afirmaram ter perda de renda na pesquisa realizada no início de dezembro. Agora, são 58%.
Na pesquisa anterior, 14% dos beneficiários apontavam ter tido aumento de renda. Agora, são 12%, oscilação dentro da margem de erro.
Em dezembro, o auxílio tinha garantido a manutenção do nível de renda familiar para 34% dos beneficiados entrevistados. Em janeiro, eram 29% os que estavam com o mesmo nível de renda anterior à pandemia.
Entre todos os brasileiros, incluindo quem recebeu e quem não contou com o auxílio, 47% tiveram perda de renda e 11% registraram aumento, segundo a pesquisa de janeiro.