De acordo com o diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) e especialista em planejamento estratégico do agro, Marcos Fava Neves, o ano de 2021 será promissor para a agricultura brasileira. Para ele, teremos preço, volume de produção e investimentos para a construção da imagem do setor.
Segundo ele, apesar das expectativas, o agronegócio precisa estar atento a alguns fatores e tendências que poderão compor um novo cenário para o próximo ano, considerando ainda questões básicas como o clima e seu impacto nas lavouras. “O consumo internacional foi algo notável em 2020. O Brasil conseguiu aumentar as exportações em meio à pandemia, mais que no ano passado. Impressionante a rapidez com que o setor se organizou com o apoio do governo”, salientou o ex-ministro Roberto Rodrigues, coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), que participou de um debate virtual com Fava Neves.
Fava estimou um forte retorno dos biocombustíveis, com demanda acelerada em países como Estados Unidos e China; considerou possíveis mudanças no comportamento do país asiático frente à recuperação de seu plantel de suínos, à demanda de grãos do Brasil (que, segundo ele, deverá crescer) e a um ambiente menos conflituoso com os Estados Unidos, e destacou que o consumo estará muito favorável para o setor.
“Acredito que um choque de oferta virá a partir de janeiro e fevereiro, para normalizar esse quadro de alta”, declarou o diretor da SNA, acrescentando que o excesso de consumo gerou inflação nos meses de novembro e dezembro. AGAZETA