O Sol está atingindo o ponto máximo de atividade no ciclo atual de 11 anos, e isso pode trazer consequências para a Terra
Muito mais pessoas ao redor do mundo do que o normal foram recentemente capazes de ver auroras no céu. Este evento incomum foi desencadeado por uma tempestade solar muito forte, conforme noticiado pelo Olhar Digital, que afetou o movimento do campo magnético da Terra.
De acordo com Ian Whittaker, professor sênior de física da Nottingham Trent University, na Inglaterra, o Sol está atingindo o ponto máximo de atividade no ciclo atual de 11 anos – o que era previsto pelos astrofísicos para acontecer em meados de 2025.
Isso significa que podemos esperar mais explosões solares e consequentes colisões de partículas na atmosfera terrestre.
São essas partículas que, nas circunstâncias certas, acabam gerando as belas luzes no céu. No entanto, além desse espetáculo visual, as tempestades geomagnéticas provocadas pela perturbação da atmosfera pelo material solar podem danificar infraestruturas como redes elétricas e satélites em órbita
Atividade extrema no Sol provoca show de luzes incomum na Terra
As luzes do norte (aurora boreal) e do sul (aurora austral) ficam geralmente restritas a latitudes muito altas e muito baixas, respectivamente. Partículas de alta energia do Sol fluem em direção à Terra, guiadas pelo campo magnético solar. Elas são transferidas para o campo magnético da Terra em um processo conhecido como reconexão.
“Essas partículas realmente rápidas e quentes então deslizam pelas linhas do campo magnético da Terra – sob a força de um ímã – até atingirem uma partícula atmosférica neutra e fria, como oxigênio, hidrogênio ou nitrogênio. Nesse ponto, parte dessa energia é perdida – e isso aquece o ambiente local”, explica Whittaker em um artigo publicado no site The Conversation.