Ambientalista diz que IA pode ajudar (mas também prejudicar) o meio ambiente

Para ambientalista suíço, a Inteligência Artificial pode ser uma faca de dois gumes quando se trata de salvar o planeta

 Ambientalista diz que IA pode ajudar (mas também prejudicar) o meio ambiente

Um psiquiatra, explorador e ambientalista suíço, em entrevista ao site Euronews Next, fez ponderações a respeito da aplicação da Inteligência Artificial (IA) na proteção do meio ambiente. Para ele, o recurso pode ser uma faca de dois gumes quando se trata de salvar o planeta.

Bertrand Piccard acredita que a IA tem potencial tanto para proteger o mundo quanto para agravar seus problemas. “A Inteligência Artificial é uma invenção fantástica para criar um mundo mais verde, limpo, eficiente e lucrativo, mas, para usar IA, precisamos de muitos recursos naturais”, disse ele durante a edição de 2024 da feira VivaTech em Paris, na França. 

Viva Technology (ou VivaTech) é um encontro dedicado à inovação tecnológica e startups que acontece anualmente em Paris, na França. Crédito: Divulgação VivaTech

Ele explicou que a IA, incluindo a IA generativa, que engloba chatbots como o ChatGPT, também requer uma enorme quantidade de poder computacional, como data centers que consomem muita energia. E isso traz implicações ambientais sérias. “Há um lado perverso em algumas áreas da IA, porque o bem que você faz será mais lento do que o mal que você causa”.

Piccard citou a direção autônoma como exemplo, ressaltando que o volume de dados necessário consome “cerca de 100 vezes” mais energia do que um carro convencional.

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Ambientalista diz que IA pode ajudar (mas também prejudicar) o meio ambiente

Para ambientalista suíço, a Inteligência Artificial pode ser uma faca de dois gumes quando se trata de salvar o planeta

Flavia Correia  26/05/2024 16h15

Uso da IA na proteção do meio ambiente é faca de dois gumes. Crédito: koya979 – Shutterstock

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Inteligência artificial

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Um psiquiatra, explorador e ambientalista suíço, em entrevista ao site Euronews Next, fez ponderações a respeito da aplicação da Inteligência Artificial (IA) na proteção do meio ambiente. Para ele, o recurso pode ser uma faca de dois gumes quando se trata de salvar o planeta.

Bertrand Piccard acredita que a IA tem potencial tanto para proteger o mundo quanto para agravar seus problemas. “A Inteligência Artificial é uma invenção fantástica para criar um mundo mais verde, limpo, eficiente e lucrativo, mas, para usar IA, precisamos de muitos recursos naturais”, disse ele durante a edição de 2024 da feira VivaTech em Paris, na França. 

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Viva Technology (ou VivaTech) é um encontro dedicado à inovação tecnológica e startups que acontece anualmente em Paris, na França. Crédito: Divulgação VivaTech

Ele explicou que a IA, incluindo a IA generativa, que engloba chatbots como o ChatGPT, também requer uma enorme quantidade de poder computacional, como data centers que consomem muita energia. E isso traz implicações ambientais sérias. “Há um lado perverso em algumas áreas da IA, porque o bem que você faz será mais lento do que o mal que você causa”.

Piccard citou a direção autônoma como exemplo, ressaltando que o volume de dados necessário consome “cerca de 100 vezes” mais energia do que um carro convencional.

Neto do renomado balonista Auguste Piccard, Bertrand Piccard, fundador da Solar Impulse Foundation, foi o primeiro a completar um voo de balão sem escalas ao redor do mundo. Crédito: Emmanuel Berrod/ Creative Commons

Diante da corrida entre empresas de tecnologia, como OpenAI e Google, para lançar os modelos de IA mais avançados, o ambientalista enfatiza a importância da regulamentação. “Na natureza, há a regra do mais forte, mas para civilizar, precisamos de sabedoria. E como não há pessoas sábias suficientes, é preciso regulamentação”. 

Ele elogia a União Europeia por sua Lei de IA, mas acredita que a solução não depende apenas dos reguladores.

Inteligência Artificial verde e sustentabilidade

Em 2003, Piccard lançou a Solar Impulse Foundation (Fundação Impulso Solar), com a missão de encontrar soluções ecológicas que também sejam lucrativas. Em 2020, estabeleceu a meta de identificar mil soluções para problemas ecológicos globais – e já encontrou 1.600. 

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Ambientalista diz que IA pode ajudar (mas também prejudicar) o meio ambiente

Para ambientalista suíço, a Inteligência Artificial pode ser uma faca de dois gumes quando se trata de salvar o planeta

Flavia Correia  26/05/2024 16h15

Uso da IA na proteção do meio ambiente é faca de dois gumes. Crédito: koya979 – Shutterstock

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Tudo sobre Inteligência Artificial

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Um psiquiatra, explorador e ambientalista suíço, em entrevista ao site Euronews Next, fez ponderações a respeito da aplicação da Inteligência Artificial (IA) na proteção do meio ambiente. Para ele, o recurso pode ser uma faca de dois gumes quando se trata de salvar o planeta.

Bertrand Piccard acredita que a IA tem potencial tanto para proteger o mundo quanto para agravar seus problemas. “A Inteligência Artificial é uma invenção fantástica para criar um mundo mais verde, limpo, eficiente e lucrativo, mas, para usar IA, precisamos de muitos recursos naturais”, disse ele durante a edição de 2024 da feira VivaTech em Paris, na França. 

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Viva Technology (ou VivaTech) é um encontro dedicado à inovação tecnológica e startups que acontece anualmente em Paris, na França. Crédito: Divulgação VivaTech

Ele explicou que a IA, incluindo a IA generativa, que engloba chatbots como o ChatGPT, também requer uma enorme quantidade de poder computacional, como data centers que consomem muita energia. E isso traz implicações ambientais sérias. “Há um lado perverso em algumas áreas da IA, porque o bem que você faz será mais lento do que o mal que você causa”.

Piccard citou a direção autônoma como exemplo, ressaltando que o volume de dados necessário consome “cerca de 100 vezes” mais energia do que um carro convencional.

Neto do renomado balonista Auguste Piccard, Bertrand Piccard, fundador da Solar Impulse Foundation, foi o primeiro a completar um voo de balão sem escalas ao redor do mundo. Crédito: Emmanuel Berrod/ Creative Commons

Diante da corrida entre empresas de tecnologia, como OpenAI e Google, para lançar os modelos de IA mais avançados, o ambientalista enfatiza a importância da regulamentação. “Na natureza, há a regra do mais forte, mas para civilizar, precisamos de sabedoria. E como não há pessoas sábias suficientes, é preciso regulamentação”. 

Ele elogia a União Europeia por sua Lei de IA, mas acredita que a solução não depende apenas dos reguladores.

Inteligência Artificial verde e sustentabilidade

Em 2003, Piccard lançou a Solar Impulse Foundation (Fundação Impulso Solar), com a missão de encontrar soluções ecológicas que também sejam lucrativas. Em 2020, estabeleceu a meta de identificar mil soluções para problemas ecológicos globais – e já encontrou 1.600. 

Entre elas, destaca o uso de IA verde, como aproveitar o calor dos centros de dados para aquecer comunidades ou indústrias próximas, em vez de simplesmente resfriá-los.

Outra missão da fundação é usar a IA para promover a sustentabilidade. “A IA pode nos ajudar a ser mais eficientes”, disse Piccard, destacando o uso de smartphones para tradução automática como uma aplicação formidável da IA. “Você pode falar com pessoas com quem nunca poderia ter falado antes. Isso é fantástico para a qualidade de vida, embora não necessariamente para o meio ambiente”.

No entanto, o que ele exalta mesmo são outras aplicações da IA. “O que eu realmente amo na IA são todas as maneiras pelas quais ela pode nos ajudar a ser mais eficientes na gestão das cadeias de suprimentos, consumo e produção do mundo, para economizar recursos em vez de desperdiçá-los”, afirmou. “Vivemos em um mundo de desperdício, e esse é o verdadeiro problema. Se a IA puder nos ajudar a ter um mundo eficiente, eu apoio completamente”.