Você é superdotado? Como é o ‘teste secreto’ para identificar pessoas superinteligentes

Em junho, São José dos Campos (SP) recebeu aplicação de teste no Parque Tecnológico.

Por g1 Vale do Paraíba e Região

Imagina ser submetido a um teste que pode definir se você é uma pessoa superinteligente ou não? No Brasil, o teste para mensurar esse conhecimento é tido como ‘secreto’. Isso porque, o candidato submetido ao teste só sabe do conteúdo da prova, aplicada pela Mensa Brasil, na hora da realização.

Segundo o vice-presidente da Mensa, Carlos Eduardo Fonseca, os testes psicométricos validos no Brasil precisam ter o aval do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (Satepsi), desenvolvido pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Parque Tecnológico de São José dos Campos recebeu um dos testes para identificar superinteligentes em junho — Foto: Divulgação/Parque Tecnológico

Os testes para identificar pessoas superinteligentes são mantidos sob sigilo para evitar fraudes. A ideia é evitar que testes conhecidos pelo público acabem vazando na internet e interfiram nos resultados.

A Mensa tem mais de um teste disponível, que é escolhido pelo psicólogo aplicador local. Em junho deste ano, São José dos Campos (SP) foi escolhida pela Mensa Brasil para a realização da prova. O teste, aplicado a poucos candidatos, foi realizado no Parque Tecnológico do município.

Encontro de membros da Mensa Brasil em 2018 — Foto: Divulgação/Mensa Brasil

Critérios

Segundo a Mensa Brasil, o teste só pode ser realizado por pessoas com idades entre 17 e 63 anos e que tenham, no mínimo, o ensino superior incompleto (cursando ou não).

O valor do teste individual é de R$ 163, enquanto o coletivo é de R$ 108.

A Mensa explica que o teste aplicado é “culture fair”, independe da cultura ou língua falada pelo candidato. Não é necessário preparo prévio para a prova. A recomendação da entidade é que o candidato compareça descansado e bem disposto, levando caneta azul ou preta.

Grupo em teste realizado pela Mensa Brasil — Foto: Mensa Brasil/Divulgação

A associação à Mensa, uma espécie de ‘clube’ de pessoas de alta inteligência, depende de uma aprovação do candidato que marca mais de 130 pontos no teste de QI. A média no país, contudo, é de 83 pontos — o que se torna um desafio para a maioria dos brasileiros.

O desafio é tão grande que a Mensa estima que 2% da população mundial tem um QI considerado alto, ou seja, com pontuação acima de 130. No país, considerando o percentual, cerca de 4 milhões de brasileiros são ‘superinteligentes’.

Lápis de cor, foto ilustrativa. — Foto: Allan Phablo/Prefeitura de Mossoró