Com 89 anos, ela tornou-se a principal acionista da Amaggi em 2001 após a morte do marido; sua fortuna é de mais de R$ 30 bilhões.
O Brasil, de acordo com a Revista Forbes, conta com oito mulheres bilionárias. A mais rica delas é Lucia Borges Maggi, empresária do ramo da soja e dona de uma das maiores empresas do mundo no setor.
Com fortuna estimada em US$ 6,9 bilhões (R$ 32,3 bilhões), ela começou, junto com o marido André Maggi, na pequena cidade de São Miguel do Iguaçu, no Paraná, em 1977.
Não demorou muito para que a Sementes Maggi expandisse seus negócios e, já em 1979, estivesse presente no Mato Grosso, estado brasileiro que mais exporta soja. Futuramente, a companhia mudou de nome para Amaggi.
Em 2001, com o falecimento do marido, Lúcia se tornou a maior acionista da empresa.
A partir daí, a Amaggi diversificou a produção e passou a processar grãos, comercializar insumos agrícolas e gerar energia elétrica, sem abandonar sua atividade principal, o plantio.
Com o tempo, a companhia virou um gigante do ramo e, atualmente, é a 13ª maior empresa do agronegócio brasileiro, com receita de R$ 23,5 bilhões, segundo a Forbes.
Filho de destaque
O sobrenome da família, porém, ficou mais famoso devido à notoriedade de Blairo Maggi, filho de Lúcia.
Considerado uma das pessoas mais influentes do mundo pela Forbes, ele se destacou na gestão dos negócios privados, o que lhe rendeu o codinome de Rei da Soja.
Recentemente, em 2018, adquiriu a Fazenda Itamarati por R$ 2,2 bilhões. O terreno, de 105 mil hectares, equivale a cerca de 147 mil campos de futebol profissional.
Com prestígio no setor privado, ele foi eleito governador do Mato Grosso em 2003 e reeleito em 2007. Depois, exerceu o cargo de senador pelo mesmo estado até 2016, quando o ex-presidente Michel Temer o escolheu para assumir o Ministério da Agricultura.
Polêmicas
Blairo Maggi foi alvo de diversas polêmicas ao longo de sua trajetória política.
Em 2005, recebeu o Motosserra de Ouro, do Greenpeace, que premia ironicamente personalidades que contribuem para a destruição ambiental.
Em 2017, delatores da construtora Odebrecht afirmaram que o ministro havia recebido propina de R$ 12 milhões durante a campanha de sua reeleição, em 2006, em troca de apoio da empresa.
Ele negou o fato e, no ano seguinte, o inquérito foi arquivado pelo ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da então procuradora-geral da República Raquel Dodge.
Ainda em 2017, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva, afirmou que o ex-governador pagou R$ 1,1 milhão em propinas ao desembargador Evandro Stábile, hoje aposentado, em troca de favorecimento em processos eleitorais. Os repasses teriam sido feitos em duas parcelas, em 2010.
R7