Medidas, que também incluem o atendimento presencial em lojas, shoppings, bares e restaurantes, foram tomadas diante do aumento de casos, mortes e internações por conta da doença. Regras valem de quinta-feira (27) até segunda-feira (31).
Por Vinícius Alves, G1 Ribeirão Preto e Franca
Ribeirão Preto (SP) terá regras mais rígidas contra a Covid-19 a partir de quinta-feira (27) até segunda-feira (31), como fechamento de supermercados para clientes internamente e suspensão do transporte público, disse o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) em coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira (24).
As medidas foram tomadas diante do aumento de casos, mortes e internações por conta da doença. A nova fase foi batizada de “Emergencial Restritiva” pela Prefeitura e se assemelha ao decreto de “lockdown” de 17 a 21 de março. A diferença, dessa vez, é a liberação para bancos, escritórios de contabilidade, indústrias e construção civil.
“São medidas necessárias para que nós possamos fazer o gerenciamento da pandemia na nossa cidade de uma maneira a salvaguardar a oferta de saúde a quem porventura venha precisar”, explicou Nogueira.
No momento do anúncio, às 16h40 desta segunda-feira, a taxa de ocupação em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) era de 96,1%, de acordo com a plataforma leitoscovid.org, com 299 pacientes internados em 308 vagas ofertadas.
Desde o início da pandemia, Ribeirão Preto totaliza 77.755 casos de Covid e 2.086 mortes. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, são 1.043 óbitos de janeiro a dezembro do ano passado e 1.043 vidas perdidas de janeiro a maio, o que mostra uma aceleração da doença.
Na segunda-feira (31) está prevista um novo anúncio da Prefeitura para avaliar os primeiros impactos das novas regras na situação da pandemia na cidade. No entanto, o secretário de Saúde, Sandro Scarpelini, acredita os resultados serão colhidos a longo prazo.
“Provavelmente a gente tem ainda pouco resultado, que foi o que a gente viu no primeiro lockdown. Demora um pouco mais, porque o ciclo de transmissão do vírus é de sete a 14 dias. A gente só vai ter resultado desse afastamento daqui a dez dias, 14 dias”, afirmou.
Esplanada do Theatro Pedro II e calçadão ficaram vazios durante confinamento contra Covid em março de 2021 — Foto: Sergio Oliveira/EPTV
O que vai PODER funcionar
- Assistência em saúde (serviços médicos, laboratoriais, farmácias e hospitais)
- Veterinário, apenas com urgência;
- Assistência social e atendimento à população vulnerável;
- Defesa civil;
- Indústrias;
- Construção civil;
- Posto de combustível;
- Agências bancárias;
- Transporte de aplicativo e táxi;
- Locação de veículos;
- Telecomunicações e internet;
- Serviço de radiodifusão de sons e imagens;
- Serviços funerários;
- Toque de recolher das 21h às 5h.
O que NÃO VAI PODER funcionar
- Transporte público;
- Escolas, universidades e cursos técnicos;
- Missas e cultos presenciais; igrejas ficam abertas para orações individuais;
- Reunião de pessoas ao ar livre;
- Salão de beleza, estética e barbearias;
- Escritórios, exceto os de contabilidade por conta dos prazos das declarações de Imposto de Renda; podem funcionar com 60% da capacidade;
- Pet shops;
- Academia;
- Eventos esportivos;
- Shopping e galerias;
- Comercio em geral e de materiais de construção civil;
- Parques;
- Oficinas mecânicas;
- Estacionamentos;
- Restaurantes e bares com clientes internamente; autorizado apenas delivery até 23h;
- Supermercados e hipermercados com clientes internamente; autorizado apenas delivery e drive-thru, desde que haja espaço adequado e com segurança sanitária, sem que a pessoa desça do carro;
- Mercados, mercearias, padarias, casa de bolo, lojas de conveniência e bombonieres com clientes internamente; autorizado apenas por delivery até 23h;
- Demais serviços que não estão na lista dos permitidos pela Prefeitura.