Texto circula em grupos afirmando dizendo que chegamos ao pico da covid-19 em MS, mas secretário afirma que alerta não é de sua autoria.
Secretário não é o autor da mensagem afirmando que o pico de casos é nesta semana – Álvaro Rezende/Arquivo/Correio do Estado
Pico da covid-19 nesta semana e cuidados a serem tomados para evitar o contágio. Tudo pode parecer muito factível, mas como já diz o ditado, nem tudo que reluz é ouro. Compartilhado até por autoridades locais, a informação não é real – não toda ela – e nem sua autoria, atribuída ao secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende.
“Fizeram esse texto e publicaram com meu nome, mas o autor não sou eu. Do jeito que as coisas estão caminhando, piorando, o pico deve vir durante julho, não agora. Eu ia comentar sobre isso na live [que acontece às 10h30], mas preferi não polemizar. Apesar de ser fake news, defendemos algumas coisas que estão ali”, explica Geraldo.
Ele se refere aos alertas sobre aumento de casos, problemas que o avanço da doença pode trazer ao sistema de saúde e aos demais setores da sociedade, entre outros. “Faltou falarem da necessidade da máscara”, comenta o secretário, voltando a negar que o pico de casos de contágios vá acontecer agora.
“Temos que agir para que as coisas mudem, mas precisamos da compreensão da população”, conclui Resende, que hoje anunciou na live do Facebook números recordes da covid-19 em Mato Grosso do Sul e já demonstrou grande preocupação sobre a situação.
Oito mortes em 24 horas
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou mais oito mortes por Covid-19 em Mato Grosso do Sul, considerado recorde em 24 horas. Com isso, o Estado contabiliza 55 vítimas da doença, causada pelo novo coronavírus. Geraldo reclama que uma grande parcela da população está “pouco se lixando” para as ações de contenção.
Além dos óbitos, há também os novos casos, que chegaram a marca de quase 400, outro recorde atingido segundo o boletim divulgado na manhã desta terça-feira (23). A situação acende o sinal de alerta quanto a ocupação hospitalar.
“Nós vamos divulgar números horrorosos, vamos bater o recorde de mortes e de casos. Infelizmente isso é o retrato da população que não faz de forma nenhuma seu dever mínimo que era ter contribuído para que essa doença não chegasse tão forte quanto chegou aqui”, disse em entrevista a rádio CBN Campo Grande. CORREIO DO ESTADO