De acordo com o renomado médico pediatra e toxicologista Anthony Wong, o isolamento vertical é uma alternativa melhor em relação ao isolamento horizontal que, segundo ele, pode trazer danos não só para economia, mas também para a saúde mental das pessoas. Segue os trechos de sua entrevista para a CNN:
O que é singular no caso do covid-10 é que ele é um vírus altamente infectante, extremamente contagioso. Em uma situação em que uma doença é extremamente contagiosa e você começa a fazer uma intervenção do tipo isolamento (horizontal), ela já não surte muito efeito porque uma boa parte da população já está contaminada. Então, fazendo isso, é quase impossível conter a evolução da doença.
Nessa situação, nós vamos usar nossos recursos para tratar quem está realmente em risco. A grande característica do Covid-19 é que ele é altamente infectante. No entanto, na faixa etária abaixo de 50 anos, ele é muito pouco letal. Para a grande maioria das pessoas, eu diria 95% das pessoas ou 98% se você quiser, para as pessoas abaixo de 60 ou 50 anos, ela é uma doença irritante, um resfriado forte ou até uma gripe, dá uma dor e em algumas, em uma pequena parcela da população é que vai ter um agravo maior e justamente nas pessoas que têm doença de base pré-existentes: as pessoas idosas, as pessoas com doenças crônicas e as pessoas com imunodepressão. Nesses pacientes, então a situação é realmente cuidadosa.
Felizmente, essa parcela da população é pequena: 5% ou 7% no máximo da população. No resto da população, é uma doença chata de inverno, uma gripe ou resfriado forte. E com a possibilidade de morte muito pequena. Todas as estatísticas mostraram que para a população abaixo de 10 anos, a mortalidade é 0. De 10 anos até 60 anos, a mortalidade é 0,2%, ou seja, em cada 1.000 pessoas infectadas, 2 vão morrer num agravo pior. Então é essa população que nós temos que ajudar.
A intervenção vertical é a chamada intervenção cirúrgica: vamos dar atenção à população que poderá ter um agravamento. Devemos identifica-los, isolá-los e os colocar em um lugar seguro e para o resto da população, ela será tratada como uma doença que, mesmo não podendo ser menosprezada, vai ser de fácil recuperação.
Com isso, nós permitimos que o resto da população possa trabalhar (…) nós temos uma população enorme que vai ter um quadro leve e temos que dar toda a nossa atenção para a população que está em risco que são os idosos e as pessoas com doenças crônicas.
Outra coisa muito importante é que nós peguemos estatísticas. No Brasil, nós estamos há três semanas dentro dessa doença. Até hoje, tivemos em torno de 2.900 pessoas infectadas e 70 mortes aproximadamente. Em um dia, na Alemanha ou na França, eles tiveram o dobro de pessoas infectadas. Ou seja, o Brasil em três semanas teve metade do número de pessoas infectadas por dia na Alemanha e na França. Não vou nem falar da Itália. Por que é que isso acontece? O coronavírus é extremamente sensível à temperatura. Desde 1985, estudos mostraram que a família do coronavírus não se multiplica bem e não sobrevive bem em temperaturas acima de 20°C e a melhor temperatura para ele se disseminar é abaixo de 10 graus. Um trabalho de MIT mostrou exatamente isso.
Nós ainda estamos no verão, no calor. Esse calor vai acabar provavelmente em Maio. Não é o momento de fazermos um confinamento com prejuízo econômico e de saúde para as pessoas. Um outro estudo mostra que se nós fizermos o confinamento desse tipo, nós podemos levar a doenças mentais, problemas psicológicos e outros problemas possivelmente não recuperáveis (…) como suicídio, como violência. Nós sabemos que nesses últimos dias, houve um aumento da violência contra as mulheres e entre as pessoas também.
De acordo com o renomado médico pediatra e toxicologista Anthony Wong, o isolamento vertical é uma alternativa melhor em relação ao isolamento horizontal que, segundo ele, pode trazer danos não só para economia, mas também para a saúde mental das pessoas. Segue os trechos de sua entrevista para a CNN:
O que é singular no caso do covid-10 é que ele é um vírus altamente infectante, extremamente contagioso. Em uma situação em que uma doença é extremamente contagiosa e você começa a fazer uma intervenção do tipo isolamento (horizontal), ela já não surte muito efeito porque uma boa parte da população já está contaminada. Então, fazendo isso, é quase impossível conter a evolução da doença.
Nessa situação, nós vamos usar nossos recursos para tratar quem está realmente em risco. A grande característica do Covid-19 é que ele é altamente infectante. No entanto, na faixa etária abaixo de 50 anos, ele é muito pouco letal. Para a grande maioria das pessoas, eu diria 95% das pessoas ou 98% se você quiser, para as pessoas abaixo de 60 ou 50 anos, ela é uma doença irritante, um resfriado forte ou até uma gripe, dá uma dor e em algumas, em uma pequena parcela da população é que vai ter um agravo maior e justamente nas pessoas que têm doença de base pré-existentes: as pessoas idosas, as pessoas com doenças crônicas e as pessoas com imunodepressão. Nesses pacientes, então a situação é realmente cuidadosa.
Felizmente, essa parcela da população é pequena: 5% ou 7% no máximo da população. No resto da população, é uma doença chata de inverno, uma gripe ou resfriado forte. E com a possibilidade de morte muito pequena. Todas as estatísticas mostraram que para a população abaixo de 10 anos, a mortalidade é 0. De 10 anos até 60 anos, a mortalidade é 0,2%, ou seja, em cada 1.000 pessoas infectadas, 2 vão morrer num agravo pior. Então é essa população que nós temos que ajudar.
A intervenção vertical é a chamada intervenção cirúrgica: vamos dar atenção à população que poderá ter um agravamento. Devemos identifica-los, isolá-los e os colocar em um lugar seguro e para o resto da população, ela será tratada como uma doença que, mesmo não podendo ser menosprezada, vai ser de fácil recuperação.
Com isso, nós permitimos que o resto da população possa trabalhar (…) nós temos uma população enorme que vai ter um quadro leve e temos que dar toda a nossa atenção para a população que está em risco que são os idosos e as pessoas com doenças crônicas.
Outra coisa muito importante é que nós peguemos estatísticas. No Brasil, nós estamos há três semanas dentro dessa doença. Até hoje, tivemos em torno de 2.900 pessoas infectadas e 70 mortes aproximadamente. Em um dia, na Alemanha ou na França, eles tiveram o dobro de pessoas infectadas. Ou seja, o Brasil em três semanas teve metade do número de pessoas infectadas por dia na Alemanha e na França. Não vou nem falar da Itália. Por que é que isso acontece? O coronavírus é extremamente sensível à temperatura. Desde 1985, estudos mostraram que a família do coronavírus não se multiplica bem e não sobrevive bem em temperaturas acima de 20°C e a melhor temperatura para ele se disseminar é abaixo de 10 graus. Um trabalho de MIT mostrou exatamente isso.
Nós ainda estamos no verão, no calor. Esse calor vai acabar provavelmente em Maio. Não é o momento de fazermos um confinamento com prejuízo econômico e de saúde para as pessoas. Um outro estudo mostra que se nós fizermos o confinamento desse tipo, nós podemos levar a doenças mentais, problemas psicológicos e outros problemas possivelmente não recuperáveis (…) como suicídio, como violência. Nós sabemos que nesses últimos dias, houve um aumento da violência contra as mulheres e entre as pessoas também.
Caio Coppolla
Editor do Boletim e comentarista político