Exportações superaram US$ 1,9 bi no ano passado e devem manter ritmo com maior demanda mundial.
Dominando 37% das exportações do Estado em 2019, a celulose deve continuar em alta na balança comercial de Mato Grosso do Sul também neste ano. Maior exportador de celulose do Brasil, o Estado elevou as vendas externas em 4,3%, comercializando US$ 1,9 bilhão ou o equivalente a 4,2 milhões de toneladas do produto.Com isso o setor florestal tem previsão de crescimento expressivo.
Hoje, com 1,1 milhão de hectares cultivados, o Estado é considerado o segundo maior produtor de florestas plantadas de eucalipto do Brasil, concentra grandes indústrias de papel e celulose, uma fábrica de MDF, as siderúrgicas estão retomando suas operações e há boas perspectivas para o futuro da cadeia de base florestal no Estado.
“Recentemente a Suzano anunciou a aquisição de 106 mil hectares de terra e a compra da Licença de Instalação de uma fábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo-MS, com capacidade anual de até 2,2 milhões de toneladas e, a Eldorado Brasil está construindo uma usina de produção de energia limpa, a partir de tocos e raízes dos eucaliptos colhidos para a fabricação da celulose. Esses investimentos mudarão cada vez mais o panorama da região e transformarão a vida de muitas pessoas. Estamos muito felizes e aproveitamos para parabenizar todos que tem contribuído com estes projetos’, destaca Moacir Reis, presidente da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas (Reflore/MS).
A divulgação da Suzano de compra da Licença de Instalação de uma fábrica de celulose beneficia não só o município de Ribas do Rio Pardo, mas toda região, principalmente as cidades vizinhas. A expectativa é que o estado seja consolidado como um dos principais produtores de celulose do Brasil e do mundo. A usina de produção de energia limpa da Eldorado Brasil, a Onça Pintada, será a primeira do Brasil a produzir eletricidade a partir de tocos e raízes dos eucaliptos colhidos para a fabricação da celulose. Quando entrar em operação, em janeiro de 2021, a usina fornecerá 50 megawatts hora ao Sistema Elétrico Nacional.
Positivo – Diante disso o cenário para os próximos anos é positivo. O setor visualiza crescimento acompanhado pelos produtores rurais, empresários e empresas que tem investido na cadeia e pelo trabalho do governo e das prefeituras. Na avaliação da Reflore-MS, junto com o desenvolvimento surgirão novos postos de trabalho e fontes de renda. Para tanto é importante que a população busque capacitação.
“É essencial que todos se preparem para as oportunidades que virão. A gente vê, por exemplo, o crescimento de Três Lagoas; frequentemente o município está entre as 10 cidades que mais crescem no Brasil. Ribas do Rio Pardo agora deve se desenvolver ainda mais. E acreditamos que outros projetos virão, temos escutado de especialistas da área que, entre 2025 e 2030, teremos mais duas fábricas de celulose operando, então o potencial é enorme’, completa.
A Reflore/MS já se prepara para uma série de ações neste ano para dar suporte ao setor. Em agosto, a Associação será uma das realizadoras do Show Florestal, feira focada no setor florestal que acontecerá em Três Lagoas-MS. Dentro deste evento, a entidade realizará o seu tradicional ´Congresso MS Florestal´ e o ´III Encontro de Comunicação do Agro´.
“O setor florestal tem contribuído muito para o agronegócio sul-mato-grossense e cada vez mais temos buscado compartilhar informações sobre a cadeia, mostrar os diferenciais do estado, representar os produtores e consumidores de florestas plantadas. Precisamos ser mais competitivos, conquistar novos investidores e aproveitar todo o potencial do nosso estado’, conclui Reis.