A Abertura Nacional do Plantio da Soja – Safra 23/24 destacou painéis de discussão sobre o Déficit de Armazenagem e Perspectivas de Mercado, mas também foi palco de preocupação por conta da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da inconstitucionalidade do marco temporal.
Em participação por vídeo no evento, o presidente da Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA), Pedro Lupion, ressaltou que o momento é grave porque o Brasil está presenciando a relativização da propriedade privada.
“São ataques de todos os lados contra nós, produtores rurais, seja do Judiciário, com intervenções desnecessárias e motivadas por um ativismo político sem precedentes que geram uma insegurança no campo absurda e que temos o papel, no Congresso Nacional, de legislar e buscar soluções. […] temos um papel importantíssimo com a segurança alimentar mundial e todos nós temos a responsabilidade de enfrentar esse momento. As adversidades são muitas, os adversários são gigantescos, mas temos força, vontade e capacidade de vencer cada um desses desafios”.
Em resposta, o presidente da Aprosoja Brasil, Antônio Galvan, ressaltou que uma super safra de soja costuma trazer problemas de preço e de armazenagem, mas que o grande gargalo do setor, agora, é outro.
“Temos de estar muito unidos. Pelo que já vimos de decisões que saíram da Suprema Corte e dos decretos desse atual governo, é muito preocupante para a nossa classe. É o que mais nos deixa preocupados porque crises no setor já enfrentamos várias, mas uma crise que ameaça a perda de nossas propriedades é a que mais preocupa”.