Inverno sob influência do El Niño; o que o produtor pode esperar da estação no MS

O inverno começou na quarta-feira (21) e com a possibilidade do fenômeno climático El Niño, o que desperta a atenção do produtor rural com os fatores climáticos.

A região de Dourados tem como característica um solo com menor armazenagem de umidade, o que seria um problema com o inverno que traz dias mais secos e com pouca incidência de chuvas.

Entretanto, essa não deve ser uma questão para quem conseguiu aproveitar o período de plantio indicado, conforme explica Carlos Ricardo Fietz, Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste.

“Hoje estamos com uma boa quantidade de umidade no solo, devido a quantidade de chuva nos meses anteriores, então o milho está em uma condição muito boa, principalmente o que foi plantado dentro do zoneamento agrícola”, conta.

El Niño
O fenômeno que promove o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, provoca mudanças nos padrões de transporte de umidade, impactando diretamente na distribuição das chuvas e da temperatura.

Neste ano o fenômeno deve ser configurado como Super El Niño, o que pode elevar a temperatura em até 2,5°C em alguns locais do mundo.

“Há chances de entrarmos entre julho e agosto, em condições de El Niño, o que na nossa região pode trazer chuvas acima da média e temperaturas mais altas que o normal”, conta o pesquisador.

Geadas
“A previsão para a região é que o inverno de 2023 terá temperaturas mais altas e chuvas abaixo do normal, o que não descarta a possibilidade da ocorrência de geadas, uma vez que o mês de julho é o mês com maior incidência na região, cerca de 50%”, explica Carlos Fietz.

Entretanto, o pesquisador reforça que o produtor que seguiu os prazos determinados no zoneamento agrícola tem um risco menor que os demais de ter as produção afetada por geadas. DOURADOS NEWS