Secretaria Municipal de Ordem Pública afirma que removeu 614 veículos das praias da cidade no fim de semana. ‘As pessoas banalizaram completamente’, diz especialista em saúde da UFRJ.
Por Larissa Schmidt, Bom Dia Rio. G1
O carioca ignorou as regras de proteção contra a Covid-19 e voltou a lotar praias e bares no fim de semana no Rio. Mais de 600 carros foram rebocados na orla da cidade.
Nas areias, eram poucos os espaços vagos. A maioria dos frequentadores não usava máscaras e nem respeitava as regras de distanciamento.
A Prefeitura do Rio chegou a anunciar que permitiria que veículos parassem na orla e fecharia ruas para o lazer de domingo, mas voltou atrás na quinta (7) e as medidas de dezembro do ano passado, que proíbem o estacionamento e determinam o fechamento das áreas de lazer, seguem valendo.
A Secretaria Municipal de Ordem Pública afirma que removeu 614 veículos das praias da cidade no fim de semana.
Porém, quando o reboque retirava um veículo de uma vaga, pouco tempo depois outro motorista estacionava no mesmo lugar.
No Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio, apesar das placas informando sobre a proibição, havia filas de carros estacionados.
Bares cheios
Durante a noite, a movimentação começou em alguns bares da Rua Olegário Maciel, na Barra da Tijuca, e na Rua Dias Ferreira, no Leblon, na Zona Sul da cidade.
“As pessoas banalizaram completamente. É verão, então elas estão cansadas e o apelo das praias é muito grande, mas infelizmente não dá mais, a gente não tem como acreditar que vamos conseguir ganhar a consciência das pessoas”, disse Chrystina Barros, especialista em saúde da UFRJ.
Apesar da proibição, carros estacionaram na orla — Foto: Reprodução/TV Globo
Boletim semanal
Segundo o novo boletim semanal da Prefeitura do Rio, divulgado pela primeira vez na última sexta (8), 18 regiões do Rio estão com alto risco para a Covid-19: seis áreas na Zona Norte, cinco na Zona Oeste, quatro na Região Central e três na Zona Sul, incluindo toda a orla carioca.
Outras 15 áreas estão com risco moderado. O levantamento usou como base os dados sobre contaminação e mortes da última semana de dezembro.