Segundo o diretor, alguns dos alunos ficam na mesma sala, e outros são separados. Entre as travessuras estão: colocar a culpa no irmão e fazer brincadeiras para confundir com os professores.
Por Yanca Cristina, Thiago Vieira, g1 Goiás e TV Anhanguera
Funcionários da Escola Municipal Jardim Nova Esperança, em Goiânia, precisa se desdobrar para não confundir alguns dos alunos. No total, são seis pares de gêmeos e um caso de trigêmeas. A situação inusitada garante diversão no colégio e faz com que os professores criem medidas para saber como diferenciar as crianças.
“Alguns se destacam pelo comportamento mais tranquilo, outros pela agitação. A gente fica surpreso e vai aprendendo a lidar com eles”, relatou o diretor da unidade, Márcio Rezende, em entrevista ao g1.
O diretor informou que os funcionários lidam bem com as semelhanças, embora ainda haja confusão. Na direção desde 2024, ele contou que se surpreendeu quando viu a quantidade de gêmeos pela primeira vez, mas pontuou que alguns dos alunos já estão na escola há pelo menos quatro anos.
“A gente procura trazer alguns elementos de conscientização pros nossos estudantes. Porque não é toda escola que tem essa quantidade gêmeos. Tentamos preparar e aprender com o melhor de cada um deles”, destacou.
Em publicação nas redes sociais, a administração do colégio comentou sobre o fato curioso. “Somos abençoados por ter tantos gêmeos na nossa escola”, escreveram.
Confira abaixo o nome e a turma de cada um dos gêmeos:
- Daniel e Davi – 6º ano
- Luiz Otávio e Samuel Henrique – 3º ano
- Júlia e Vitória – 6º ano
- Pedro e Davi – 4º ano
- Davi Luiz e Ana Luiza – 6º ano
- Nicole e Sofia – 6º ano
- Livia, Helena e Isabel – 6º ano
Diversão no dia a dia
Segundo Márcio, alguns dos alunos ficam na mesma sala que seus irmãos, e outros são separados. “Os que estão na mesma sala, os professores arrumam alguns meios de identificar”, relatou. Mesmo com os esforços para não errar os nomes, são muitas as pegadinhas dentro da sala de aula, contou o diretor.
“Alguns gostam de uma travessura, né? Então faz uma coisinha aqui, coloca a culpa no outro. Temos um par, que é o Davi e o Pedro, que a gente diferencia eles porque um tem uma pintinha. E a gente sempre separa por isso. Aí todo mundo na escola para, identifica a pinta, pra depois falar o nome”, relatou Márcio.
Com os colegas a diversão é garantida. De acordo com o diretor, uma vez uma professora foi entregar a correção de uma prova e rolou uma confusão entre os gêmeos. “Os colegas começaram a rir e a professora percebeu que quem estava indo buscar a prova era o irmão e não quem ela chamou”, relembrou.
Em entrevista à TV Anhanguera, a professora Camila Rocha Medeiros confessou já ter confudido os alunos, mas destacou que, ainda assim, há diferenças. “Cada um tem sua personalidade, sua forma de agir, seus gostos diferentes”, pontuou.
Por outro lado, quem estuda todos os dias com os gêmeos, sabe os identificar muito bem. “Eles são mestres em corrigir quem fala errado. Eles se conhecem muito mais”, mencionou o diretor.
Confusão até dentro de casa
Daniel e Davi estão entre os gêmeos do colégio. Eles estudam no sexto ano do ensino fundamental e relataram que a confusão também acontece dentro de casa.
“Um dia, quando a gente era bebê, [minha mãe] já tinha dado mamá pra mim, ai ela confundiu e deu pra mim de novo” , disse Daniel.
A mãe da Nicole e da Sofia, também do sexto ano, relatou que na correria do dia a dia ainda confunde as duas filhas. “Às vezes eu grito com uma, sendo que não é ela”, brincou Kailaine Magalhães.
As gêmeas Júlia e Vitória não ficaram na mesma sala. Já as trigêmeas do colégio, Livia, Helena e Isabel, sentam uma próxima da outra.
“Quando a gente era pequena, éramos mais parecidas, mas é porque a gente nasceu de placentas diferentes. Eu pareço mais com a minha avó e elas parecem com meus pais”, contou Isabel.
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Escola Municipal Jardim Nova Esperança, em Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera