Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,68%, a R$ 4,3290.
O dólar segue em trajetória de alta nesta terça-feira (18), voltando a bater R$ 4,35, acompanhando o movimento de valorização de moedas seguras no exterior em meio a temores sobre o impacto econômico do surto de coronavírus.
Às 11h16, a moeda norte-americana subia 0,58%, negociada a R$ 4,3540. Na máxima até o momento, chegou a R$ 4,3560. Já o dólar turismo era vendido a R$ 4,55, sem considerar a cobrança de IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras). Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,68%, a R$ 4,3290, após ter encerrado a semana passada em queda.
Na parcial do mês, a moeda norte-americana tem alta de 1,03%. No ano, já subiu 7,96%. Na quarta-feira passada (12), o dólar alcançou a cotação recorde de fechamento de R$ 4,3505. A máxima intradia foi registrada no dia 13 de fevereiro (R$ 4,3830).
Os temores com a disseminação do coronavírus voltaram ao radar dos agentes financeiros nesta terça-feira, após o alerta da Apple de que não conseguirá cumprir as metas de receita no período entre janeiro e março por causa da doença.
Já os preços do petróleo recuavam pós ter subido nas cinco sessões anteriores, com o Brent caindo abaixo de US$ 57 por barril.
Segundo a Reuters, o Banco Central ofertará nesta terça-feira até 13 mil contratos de swap tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, para rolagem de contratos já existentes.
Além das preocupações sobre o impacto do coronavírus na economia global, o dólar mais valorizado nas últimas semanas também tem refletido os juros em mínimas históricas no Brasil e as perspectivas sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira em 2020.
“No início do ano, havia otimismo e as previsões para o crescimento econômico do Brasil eram superiores a 2%. À medida que o ano começou a avançar, as previsões tiveram de ser reduzidas significativamente”, disse à Reuters You-Na Park-Heger, estrategista de câmbio do Commerzbank. Para ela, o mercado continuará focado nos dados nas próximas semanas e os indicadores “precisariam ser muito positivos para conter a especulação sobre mais flexibilização monetária”.
A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 diminuiu o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar. Isso elevaria a cotação da moeda. G1