Moeda norte-americana recuou 1,36% nesta sexta-feira. Com o resultado, acumula desvalorização de 3,31% na semana frente ao real.
Por g1
O dólar fechou em queda nesta sexta-feira (21), diante da expectativa de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) possa desacelerar o ritmo de aumento da taxa de juros do país.
A moeda norte-americana recuou 1,36%, a R$ 5,1468. É a menor cotação desde 22 de setembro, quando fechou em R$ 5,1147. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda recuou 1,08%, cotada a R$ 5,2175. Com o resultado de hoje, acumulou queda de 3,31% na semana, de 4,58% no mês e de 7,68% no ano frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
Um dia depois de registrar queda firme, o dólar opera com volatilidade com a aversão ao risco tomando conta do exterior.
“Após um início de semana positivo com resultados corporativos, o mercado passou a focar mais na perspectiva de alta de juros, especialmente após diversas declarações de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que indicaram que os aumentos continuarão até que a inflação seja controlada”, afirma a equipe de análise do BTG Pactual.
Os títulos públicos americanos, as Treasuries, são considerados os ativos mais seguros do mundo e sua rentabilidade está atrelada às taxas de juros nos EUA.
No Brasil, o foco permanece com o cenário político, a oito dias do segundo turno das eleições para Presidência da República e para alguns governos estaduais.
Na noite desta quarta-feira (19), o Datafolha divulgou mais uma pesquisa de intenção de votos. Segundo os dados, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem 49% da preferência dos eleitores, enquanto o atual presidente Jair Bolsonaro tem 45%. No caso dos votos válidos, Lula tem 52% e Bolsonaro, 48%.
No cenário internacional, outro ponto que merece destaque são as tensões políticas no Reino Unido. Marcelo Boragini, sócio da Davos Investimentos, disse, em entrevista à Reuters, que “o mercado continua atento à situação da Europa e à crise política no Reino Unido, após a renúncia da primeira-ministra Liz Truzz”.
Na véspera, Truss anunciou que deixará o cargo de primeira-ministra do Reino Unido depois de apenas seis semanas no poder, derrubada por um programa econômico de corte de impostos que abalou os mercados e dividiu seu Partido Conservador.
Embora a saída de uma líder já sem credibilidade tenha sido recebida na quinta-feira como motivo de alívio para alguns investidores, o aumento da incerteza sobre quem será o próximo premiê de um dos maiores centros financeiros do mundo passou a pesar mais nitidamente sobre o humor global nesta sexta.