Nesta sexta-feira (6), a moeda norte-americana avançou 1,17%, a R$ 5,0754.
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (6), em dia da divulgação de relatório de emprego nos Estados Unidos, que reforçou a percepção de que o BC de lá pode realizar novas altas de juros nos próximos meses.
A moeda norte-americana subiu 1,17%, cotada a R$ 5,0754. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,1146. Veja mais cotações.
Com o resultado, passou a acumular alta de 2,69% na semana e no mês. No ano, no entanto, ainda tem queda de 8,96% no ano frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
O dólar tem se mantido mais forte frente a outras moedas por receios de que os juros nos Estados Unidos tenham de subir mais do que o esperado para conter a inflação, movimento com potencial para sacudir os mercados em todo o planeta e drenar liquidez de países emergentes como o Brasil.
Mais cedo, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou o relatório de emprego do país de abril, que mostrou a criação de 428 mil novos postos de trabalho, apesar da inflação em alta – reforçando as expectativas de novas altas da taxa de juros do país.
O que começa a ganhar corpo na lista de preocupações de investidores é o risco de recessão, que seria fruto do aperto rápido das políticas monetárias globais, que por outro lado poderiam não ser capazes de barrar a inflação. O resultado disso seria a estagflação, fenômeno que tradicionalmente beneficia o dólar.
Por aqui, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta para 0,41% em abril, com o arrefecimento dos preços de combustíveis e commodities agrícolas. Com isso, o índice passou a acumular nos 12 meses até abril alta de 13,53%.
Na quarta-feira, o Banco Central elevou a taxa Selic de 11,75% ao ano para 12,75% ao ano e indicou uma extensão do ciclo de alta dos juros. Com a nova alta, a Selic atingiu o maior patamar em mais de cinco anos e o Brasil retomou a liderança do ranking mundial de juros reais.
Por g1