Do UOL, em São Paulo
O dólar comercial caiu pelo segundo dia seguido, fechando o dia em baixa de 0,79%, cotado a R$ 4,301 na venda, após nova intervenção do Banco Central no mercado de câmbio (leia mais abaixo). É o maior recuo percentual diário desde 3 de fevereiro, quando o dólar caiu 0,86%.
Na semana, a moeda norte-americana acumulou desvalorização de 0,46% frente ao real. É a primeira vez no ano que o dólar termina uma semana em queda.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, também recuou neste pregão. O indicador fechou a sessão em queda de 1,11%, aos 114.380,71 pontos, mas encerrou a semana em alta acumulada de 0,54%.
Em 2020, porém, o Ibovespa soma desvalorização de 1,09%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Nova atuação do BC
Ontem, um dia depois de o dólar bater seu recorde nominal (sem considerar a inflação) histórico, o Banco Central vendeu contratos de swap cambial para tentar segurar a alta da moeda. Foi a primeira injeção líquida de dólares via swaps cambiais em um ano e meio.
Desde agosto de 2018 a autoridade monetária não fazia esse tipo operação. Naquele mês, o BC vendeu um total de US$ 1,5 bilhão nesses ativos.
Na sessão de hoje, o BC voltou a leiloar contratos de swap, desta vez equivalentes a US$ 1 bilhão, para evitar mais alta do dólar.
De olho na China
Investidores estavam de olho na China, em dados sobre os casos de coronavírus e nas negociações comerciais com os EUA.
A Correparti Corretora disse à agência de notícias Reuters que, “apesar da revisão para cima do número de casos de coronavírus [na China], em função da mudança de metodologia de contabilização da doença, os investidores aguardam com otimismo a redução de tarifas da China sobre produtos norte-americanos.”
O corte de impostos é resultado da primeira fase do acordo assinado entre EUA e China. Por meses, os dois países travaram uma guerra comercial que abalou os mercados e levantou temores de uma nova recessão global.
*Com Reuters