Com uma morte por covid-19, Santa Catarina desiste da quarentena

O governador Coronel Moisés vai permitir reabertura do comércio, shoppings, bares, restaurantes, lotéricas e setor hoteleiro a partir da semana que vem
CORONAVÍRUS
Ana Flávia Oliveira, do R7

O governador de Santa Catarina, Coronel Moisés, anunciou nesta quinta-feira (26) que vai autorizar a retomada da atividade econômica do Estado a partir da semana que vem. O Estado permanece em quarentena desde o último 17 como uma estratégia para tentar conter o avanço do coronavírus, que já matou uma pessoa e infectou 149 em Santa Catarina.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, Moisés afirmou que é necessário conciliar a convivência social com o combate à covid-19.

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“Precisamos promover a convivência dos catarinenses com a pandemia da covid-19, conciliando as vertentes do convívio social, da preservação da vida das pessoas e da atividade econômica. Isso quer dizer que nós pesamos as duas coisas e estamos fazendo gradativamente um plano para que as pessoas possam voltar ao convívio de forma segura. Esse é o grande objetivo”, declarou o governador.

De acordo com o “Plano Estratégico de Retomada das Atividades Econômicas em Santa Catarina”, agências bancárias, correspondentes bancários, lotéricas e cooperativas de crédito voltarão a funcionar a partir da próxima segunda-feira (30), exclusivamente para atendimento de pessoas que necessitem de serviços presenciais.

Governo Bolsonaro lança campanha por ‘isolamento vertical’

Na quarta-feira (1), o comércio, inclusive shopping centers, academia, bares e restaurantes poderão abrir as portas.

O setor hoteleiro, as atividades da construção civil, escritórios de prestação de serviços e centros de distribuição e depósitos também voltarão a funcionar a partir da quarta-feira.

Mas os estabelecimentos que atendem o público devem respeitar regras impostas no decreto estadual. Entre elas a de limitar a entrada de pessoas a 50% da capacidade e manter a distância mínima de um metro e meio entre cada cliente.

O plano prevê que as empresas devem priorizar o afastamento de pessoas do grupo de risco, como idosos, hipertensos, dibéticos e gestantes, sem redução nos salários, e manter em home office trabalhadores do setor administrativo. As empresas ainda devem fornecer transporte fretado para os funcionários, desde que os ônibus não atinjam 50% da capacidade de lotação.


O plano ainda autoriza o retorno ao trabalho para empregados domésticos, prestadores de serviços e profissionais liberais.

Transporte coletivo e escolas

O governador Carlos Moisés anunciou ainda que os transportes coletivos permanecerão suspensos pelo prazo de mais sete dias, a contar da próxima quarta-feira. A determinação vale para ônibus municipais, intermunicipais, além da circulação e do ingresso no território catarinense dos veículos de transporte interestadual e internacional de passageiros, público ou privado.

As aulas nas redes pública e privada seguem suspensas até o dia 17 de abril, assim como missas, cultos e reuniões de qualquer natureza, de caráter público ou privado.

Pelo Twitter, o governador Coronel Moisés ressaltou que até a próxima segunda-feira, a quarentena continua valendo no Estado.

Brasil

A decisão vai em linha com a do presidente Jair Bolsonaro, que, nesta quinta-feira, lançou uma campanha pelo “isolamento vertica”, no qual defende que apenas essoas que se encontram no grupo de risco, como idosos e portadores de doenças crônicas permaneçam em suas casas.

O presidente também cricado governadores que adotaram medidas mais drásticas de isolamento social como forma de impedir o avanço da doença em seus Estados.

Bolsonaro tem dito que o melhor seria isolar os grupos de risco e que a economia não pode parar por conta da doença porque o custo social — desemprego e violência — pode ser ainda maior.

Até esta quinta-feira, o Brasil tinha 2.915 casos do coronavírus e 77 mortes confirmadas.