Com alta de 57,7% de aumento nas vendas em 2022, os carros elétricos e híbridos estão avançando rápido no mercado brasileiro e ao final do ano, já serão 100 modelos ofertados.
Enquanto o mercado nacional caiu 18% no mesmo período, os eletrificados aceleram num país que ainda tem o etanol como futuro para o automóvel.
Há três anos, os eletrificados representavam, 0,4% do mercado, mas agora são 2,3%. Ainda é um percentual muito baixo, mas se a taxa de crescimento continuar, eles chegarão rápido à 8% em 2030.
A previsão da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério das Minas e Energia (MME), é que o Brasil terá 180 mil carros eletrificados por ano em 2030 ou 10% do mercado nacional.
Contudo, a maioria das previsões do mercado internacional, especialmente relacionada com os carros elétricos, precisaram ser refeitas nos últimos anos e em especial a partir da pandemia de Covid-19.
Atualmente, o Brasil tem 70 modelos de carros híbridos e elétricos em oferta, mas esse número será de uma centena ao final do ano.
Marcas como as chinesas Great Wall e BYD já desembarcaram no país com gama totalmente eletrificada e a já estabelecida Caoa Chery aponta na mesma direção.
Com a tendência de redução de volume em prol de maior valor agregado e assim maior lucro, as marcas estão se movendo para eletrificação numa velocidade maior que o esperado.
Isso não ocorre somente no Brasil e indica que adiante, o mercado de carros novos sofrerá uma grande mudança, que deve reforçar especialmente o de usados, com a redução de tamanho do mercado.
A previsão nacional para o Brasil voltar ao patamar de 2012 é 2032 para termos uma ideia. De janeiro a maio, as vendas chegaram a 16,4 mil veículos e a tendência é de se aumentar isso nos comerciais leves.
A Stellantis, por exemplo, está colocando no mercado furgões elétricos de Fiat, Peugeot e Citroën, por exemplo. Renault e Ford vão pelo mesmo caminho.
[Fonte: Estadão]