Sobre o crédito no Pix, Campos Neto explicou que a ideia é que “em algum momento, no futuro, você não precisará mais ter cartão de crédito”. “Vai poder fazer tudo no Pix”, diz ele.
CATARINA SCORTECCI
CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Na palestra ao empresariado, o presidente do Banco Central também voltou a falar que há outras inovações ligadas ao Pix, além do recente Drex, que ainda estão em estudo, como o crédito via Pix e o “Super App”, que deve agregar as informações e ferramentas bancárias.
Sobre o crédito no Pix, Campos Neto explicou que a ideia é que “em algum momento, no futuro, você não precisará mais ter cartão de crédito”. “Vai poder fazer tudo no Pix”, diz ele.
Ele também falou sobre o “Super App”, que deve funcionar como um agregador financeiro. “Não vai precisar mais ter um App para cada banco. Vai poder ter um App só e centralizar todos os produtos com portabilidade e competitividade em tempo real”, afirma ele.
Ainda no ambiente do “Super App”, a ideia é que seja construída uma “carteira digital”, para que as pessoas possam monetizar seus próprios dados.
“Nós, como sociedade, ainda não conseguimos encontrar uma solução para este tema. Nossos dados têm muito valor, mas hoje quem captura esse valor não somos nós, são as empresas. Como é que a gente pode reverter isso para benefício próprio? É um tema que a gente tem debatido bastante”, diz ele.
Outra inovação em andamento tem relação com os pagamentos internacionais. “Não precisa de moeda única para facilitar pagamentos e nem para facilitar comércio internacional. A hora que você tiver sistemas de pagamento internacionais interconectados, você já fez este trabalho”, indica ele.
Campos Neto não deu detalhes sobre as etapas necessárias para o lançamento das novas ferramentas, mas afirmou que o Banco Central “gostaria de ter tudo isso daqui um ano e meio.”