Mais da metade das mortes ocorreu durante duas ondas de calor extremo registradas nos meses de julho e agosto do ano passado
Os recordes de maiores temperaturas do mundo estão sendo quebrados com frequência nos últimos meses. E se por um lado estas intensas ondas de calor extremo provocam graves prejuízos ao meio ambiente, por outro podem levar à morte de milhares de pessoas.
Temperatura mais alta no período foi de impressionantes 44ºC
- Um estudo do Instituto de Saúde Global de Barcelona publicado na revista Nature nesta segunda-feira (12) aponta que as altas temperaturas causaram a morte de 47.690 pessoas na Europa no ano passado.
- Mais da metade dos óbitos ocorreu durante duas ondas de calor intenso registradas em meados de julho e agosto.
- Nestes mesmos períodos a Grécia enfrentou grandes incêndios florestais que obrigaram as autoridades do país a retirar milhares de pessoas das regiões ameaçadas pelas chamas.
- No total, o trabalho levou em conta os registros de temperatura e mortalidade de 35 países do continente.
- A marca mais alta registrada pelos termômetros foi de impressionantes 44ºC, em 18 de julho na Sicília, no sul da Itália.
- Lembrando que 2023 é considerado o ano mais quente registrado no mundo, mas deve ser ultrapassado por 2024.
Ondas de calor extremo devem ficar ainda mais intensas
Os autores do estudo destacaram que as pessoas mais velhas estavam em maior risco, sendo os países do sul da Europa os mais afetados pelo calor intenso. No entanto, o número de mortes teria sido 80% maior se não fossem as medidas adotadas pelos governos europeus no século XXI para se adaptarem aos verões mais quentes.
De acordo com os pesquisadores, é necessário adotar com urgência estratégias mais eficazes para reduzir ainda mais a carga de mortalidade dos próximos verões, que podem ser ainda mais quentes. Um dos principais pontos de ação diz respeito ao combate contra as mudanças climáticas.
Cientistas afirmam que o aumento das temperaturas no nosso planeta estão deixado os eventos climáticos extremos, como as ondas de calor, cada vez mais frequentes, mais longos e mais intensos. Apesar do grande número de mortes no ano passado, 2022 segue sendo o com maior índice de mortalidade, com mais de 60 mil mortes relacionadas ao calor sendo registradas no período.
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