Banco Central Revela Planos para Ampliar o Pix: Pedágio, Ônibus e até Transações Sem Internet

Novas tecnologias e até mesmo a chegada do 5G poderão alavancar o sistema de pagamentos instantâneos no Brasil

O Pix, sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, pode em breve estar nos ônibus, metrôs, pedágios e até mesmo possibilitar transações sem a necessidade de conexão com a internet. De acordo com um relatório publicado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a ideia é fazer do Pix uma solução de pagamento universal nos próximos anos.

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Futuro sem Fronteiras para o Pix

Segundo o “Relatório de Gestão do Pix”, além de fornecer uma análise completa das transações nos dois primeiros anos de operação, o documento traça um panorama otimista sobre o futuro do sistema. “Entre as possibilidades de desenvolvimentos futuros, está o uso de outras formas de iniciação que permitam que o pagador esteja sem conectividade à internet”, ressalta o relatório.

Pagamentos Mais Rápidos e Universalização

Além de focar na expansão para outros cenários, como transportes públicos e pedágios, o Banco Central também destaca que a chegada da tecnologia 5G poderá impulsionar ainda mais o Pix. A capacidade de processar transações em intervalos de tempo ainda menores é vista como uma janela de oportunidades para o desenvolvimento de novas soluções de qualidade para o varejo. Hoje o Pix já se expandiu para além das fronteiras dos pagamentos no comércio, atingindo até mesmo setores inovadores como a indústria dos cassinos online, com o surgimento de cassinos que pagam via pix os seus apostadores em questão de minutos, mostrando o quanto o sistema de pagamento é ágil e está preparado para atender a qualquer setor da economia brasileira e mundial.

Tecnologia por Aproximação e Crédito

O relatório também cita a possibilidade de usar tecnologias de aproximação como NFC, RFID, bluetooth e biometria para iniciar pagamentos. “Muitos negócios que hoje não são realizados pela falta de conectividade poderão ser viabilizados instantaneamente”, observa o BC.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirma que o crédito através do Pix será uma realidade em breve. O objetivo é fazer com que os usuários possam até abandonar seus cartões de crédito em favor do sistema instantâneo.

Pix Internacional

Um dos pontos mais relevantes do relatório é a potencial internacionalização do Pix. O sistema poderá ser integrado a outras plataformas de pagamentos instantâneos ao redor do mundo, facilitando transações internacionais. Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro, sublinha que o Pix internacional é uma prioridade na agenda do BC.


Lado Obscuro do Pix: Como Se Proteger dos Golpes Digitais

Desde seu lançamento em 2020, o Pix transformou-se rapidamente em uma ferramenta essencial para pagamentos e transferências bancárias instantâneas no Brasil. O seu sucesso, entretanto, também o tornou um alvo lucrativo para golpistas. Um levantamento recente da fintech de proteção financeira Silverguard apontou que quatro em cada dez brasileiros já foram vítimas de alguma tentativa de fraude envolvendo o Pix, com um em cada cinco caindo efetivamente no golpe. Como, então, usufruir das vantagens deste sistema de pagamentos sem se expor aos riscos?

Golpes mais Comuns e a Engenharia Social

Para entender o perfil desses golpes, é preciso compreender o conceito de “engenharia social,” muito presente em golpes associados ao roubo de identidade nas redes sociais. Ione Amorim, coordenadora do programa de serviços financeiros do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), afirma que os criminosos frequentemente invadem contas de redes sociais, adotam a identidade da vítima e solicitam dinheiro a amigos e familiares. O golpista faz parecer que o pedido de dinheiro é algo natural e, em muitos casos, consegue enganar as pessoas devido a essa simulação de intimidade.

Outro tipo de golpe que ganhou notoriedade envolve falsas ofertas no comércio eletrônico. Empresas fictícias atraem as vítimas com promoções irresistíveis, recebem o pagamento via Pix e, depois, desaparecem. Há também os esquemas de falsos investimentos, onde o golpista oferece oportunidades de rendimento financeiro que nunca se concretizam.

Prevenção é Melhor que Correção

Então, como se proteger dos golpes? Amorim destaca a importância de uma dupla confirmação. Ao receber um pedido de transferência, é crucial confirmar a solicitação com a pessoa diretamente por outro canal de comunicação. No cenário do comércio eletrônico, a regra de ouro é desconfiar de ofertas que parecem boas demais para ser verdade.

O Mecanismo Especial de Devolução


Existe um mecanismo chamado Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Banco Central, que pode rastrear transações fraudulentas. No entanto, a eficácia desse mecanismo é limitada pela velocidade com que o golpista movimenta o dinheiro roubado. O MED precisa ser acionado imediatamente após o golpe para que se possa ter alguma chance de recuperar o valor.

O que Fazer se For Vítima de Golpe?

O primeiro passo é comunicar o banco de origem sobre o ocorrido e acionar o MED. Em casos de roubo de identidade, é crucial notificar as plataformas de redes sociais para evitar mais danos. Além disso, Amorim sugere o uso de medidas de segurança adicionais, como a ativação de autenticação em dois níveis com biometria.

Em resumo, o Pix é um instrumento poderoso e conveniente, mas também é uma ferramenta que exige cautela e prudência. Com o aumento das tentativas de fraudes, torna-se imperativo que os usuários se eduquem e tomem as devidas precauções para minimizar os riscos. A regra de ouro aqui é clara: sempre confirme, nunca assuma. A prevenção ainda é a melhor forma de se proteger contra os perigos da digitalização financeira.

O Pix é o presente e o futuro dos sistemas de pagamento no Brasil

À medida que o Pix se expande e inova, a expectativa é que se torne cada vez mais presente no dia a dia dos brasileiros, tanto para pequenas transações quanto para pagamentos mais complexos. A incorporação de novas tecnologias e a chegada do 5G apontam para um futuro onde o Pix não apenas facilita, mas redefine a forma como lidamos com o dinheiro. MIDIAMAX