Suspeita-se que o apagão cibernético que causou a “tela azul da morte” no Windows mundo afora esteja ligada ao sistema Crowdstrike Falcon
Um apagão cibernético derrubou sistemas pelo mundo na madrugada desta sexta-feira (19). Ainda não se sabe o que causou esse tombo, mas há suspeitas. Entre elas, a de que a pane global – que afetou o Windows – esteja ligada ao sistema Crowdstrike Falcon. Mas o que é isso?
O Crowdstrike Falcon é uma ferramenta de segurança – foi o primeiro produto lançado pela Crowdstrike, em 2013. Em suma, seus objetivos são fornecer proteção endpoint e inteligência contra ameaças cibernéticas.
Para que serve o sistema Crowdstrike Falcon e qual a relação dele com o apagão cibernético
O Falcon é uma plataforma de detecção e resposta de endpoint que monitora computadores nos quais está instalado para detectar invasões e responder a elas. É o que explica Toby Murray, especialista da Universidade de Melbourne, segundo o jornal O Globo.
Ainda de acordo com o jornal, uma atualização do driver do Crowdstrike Falcon estaria por trás do apagão cibernético, que causou a “tela azul da morte” no Windows mundo afora.
(Segundo o The Verge, em alguns casos, a única solução é dar boot no Windows no modo de segurança e, aí, ir até a pasta Crowdstrike e apagar seu conteúdo. Só aí o Windows ressuscita.)
Um alerta enviado pela própria Crowdstrike diz que o problema teria a ver com seu software Falcon Sensor, que estaria provocando uma falha na nuvem do sistema operacional da Microsoft.
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A CrowdStrike é uma empresa especializada em segurança cibernética que aposta no uso de inteligência artificial (IA) e aprendizado de máquina na hora de enfrentar ações de hackers
É importante ressaltar: por ora, não há informações que sugerem envolvimento de hackers na pane global.
O que se sabe sobre o apagão cibernético global
- Um apagão cibernético afetou serviços essenciais globalmente na madrugada desta sexta. O tombo causou atrasos em voos, além de problemas em serviços bancários, comunicações e sistemas de emergência;
- Nos EUA, grandes companhias aéreas paralisaram voos, causando confusões nos aeroportos. A Austrália enfrentou longas filas e retenções de passageiros devido a problemas nos serviços de check-in online e cabines de autoatendimento;
- Na Índia e Europa, os maiores aeroportos sofreram problemas técnicos, enquanto no Reino Unido, o serviço de trem enfrentou cancelamentos. O sistema de emergência 911 ficou inoperante no Alasca;
- Empresas de segurança cibernética, como a CrowdStrike, foram apontadas como parte do problema, com falhas relacionadas ao sensor Falcon no Windows;
- A Microsoft reconheceu os problemas e disse tentar redirecionar o tráfego para aliviar o impacto. A big tech e outras empresas envolvidas ainda não forneceram detalhes nem explicações sobre a causa do apagão cibernético.