Mais 5 policiais são presos por cobrança de propina de “cigarreiros”

Prisões são consequência de investigação iniciada na sexta-feira, quando outros dois foram presos.

Cinco policiais militares foram presos nesta quinta-feira, em Campo Grande, em consequência das investigações que começaram no dia 1º de dezembro, quando um sargento e um cabo foram presos sob suspeita de cobrar R$ 150 mil para liberar uma carga de contrabando de cigarros avaliada em R$ 1 milhão.

A Corregedoria da Corporação confirmou que foram cumpridos os mandados de prisão, em desdobramento das investigações referentes à cobrança de propina. O Campo Grande News já havia adiantado que o esquema envolvia mais policiais.

Uma fonte da reportagem indica que são pelo menos 12 policiais, só nesta ocorrência, e que o esquema tem ramificações em várias unidades.

Os policiais presos hoje já estão no Presídio Militar de Campo Grande, assim como os outros dois presos no dia 1º.

O caso – Na sexta-feira (1º de dezembro), o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) acionou equipes policiais – Rotac (Rondas Ostensivas de Ações de Choque) e Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motos) – após informação de que um caminhoneiro estava com policiais, que exigiam propina para liberar o veículo.

O caminhão foi localizado na rua Verdes Mares, esquina com a avenida Gunter Hans, no bairro Tarumã. Próximo ao local, havia um veículo Honda Civic. Foi repassada a informação de que o dinheiro seria entregue no posto Tarumã. No local, o responsável por levar a quantia foi identificado como sendo Fábio Garcete, amigo do motorista Rogério Fernandes Mesquita. Fábio foi colaborador da investigação. Ele já foi preso por contrabando de cigarro, em junho deste ano.

No posto, equipes do Gaeco observaram que o Honda se aproximou de Garcete. Em seguida, os policiais abordaram carro e uma motocicleta, que ladeava o Honda. No Honda Civic, estava o sargento Alex Duarte de Aguir, enquanto o cabo Rafael conduzia a moto. O documento do caminhão foi encontrado no carro do sargento Aguir. Uma nota fiscal foi localizada no bolso do cabo Rafael Marques da Costa.

Fábio e o motorista reconheceram Aguir como o policial que exigiu e pegou o dinheiro. O motorista do caminhão ainda reconheceu o cabo como companheiro do sargento e relatou que é o dono de um dos celulares encontrado com Aguir.

O Campo Grande News apurou que houve pagamento de R$ 30 mil, com cédulas marcadas. O motorista do caminhão foi preso e levado para a Polícia Federal, assim como a carga, que passou de 500 caixas de cigarro, avaliadas em R$ 1 milhão no mercado.

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