Segundo ‘Variety’, ator foi cortado da série e também de filme sobre Gore Vidal. Produtora considera matar personagem de Spacey, após gravações serem suspensas.
A Netflix cortou os laços com o ator Kevin Spacey, protagonista da série ‘House of Cards’, depois de uma série de acusações de assédio sexual. Segundo a agência Reuters, o serviço de transmissão anunciou na noite de sexta-feira (3) que não estaria mais envolvido em qualquer produção da série com a presença de Spacey no elenco.
A revista ‘Variety’ informou que o ator foi cortado de ‘House of Cards’ e também do filme biográfico ‘Gore’, sobre a vida do escritor norte-americano Gore Vidal, para o qual Spacey já estava escalado.
O futuro da série ‘House of Cards’, entretanto, ainda está indefinido, segundo a revista. A produtora Media Rights Capital cogita matar o personagem principal para dar continuidade à série sem o ator.
Com a morte de Frank Underwood, personagem de Spacey, a série focaria em sua mulher, Claire, vivida pela atriz Robin Wright.
Assédio na equipe da série
Kevin Spacey foi acusado de assediar sexualmente vários homens durante a produção da série em reportagem publicada nesta quinta-feira (2) no site da rede de TV norte-americana CNN.
A reportagem tem vários relatos de assédio a homens jovens da equipe. A CNN diz ter falado com oito profissionais que já trabalharam em “House of cards”. Eles disseram que o ator criava um ambiente “tóxico”.
Esta não foi a primeira denúncia contra ele:
No dia 30 de outubro, o ator de “Star Trek” Anthony Rapp disse ao site “Buzzfeed” que foi assediado por Kevin Spacey aos 14 anos.
No mesmo dia, Spacey disse que não se lembrava de ter assediado Rapp, mas pediu desculpas e revelou ser gay. A reação de Spacey foi criticada em Hollywood.
No dia 31, a Netflix disse que suspendeu a produção de ‘House of cards’ após a acusação (ainda não tinham sido revelados os casos durante a produção da série).
No dia 1º de novembro, o ator mexicano Roberto Cavazos disse que também foi assediado por Kevin Spacey.
Na quinta-feira (2), ele foi alvo de mais denúncias de assédio no Reino Unido e disse que vai buscar tratamento.
G1