TENSÃO NA ÁSIA
Coreia do Norte dispara míssil contra o Japão
Projétil sobrevoou a região Norte do país. Informações são da rede de televisão NHK.
Coreia do Norte dispara ao menos 3 mísseis no Mar do Japão
A Coreia do Norte disparou na manhã deste sábado (26) – noite de sexta-feira no Brasil – pelo menos três mísseis balísticos em direção ao Mar do Japão.
Segundo o comando militar da Coreia do Sul, citado pela agência local “Yonhap”, o lançamento ocorreu na província oriental de Gangwon, apesar das sanções internacionais e das ameaças de retaliação por parte dos Estados Unidos.
Ainda de acordo com a “Yonhap”, os projéteis seriam mísseis de curto alcance e percorreram 250 quilômetros na direção nordeste antes de cair no mar.
Por meio de uma nota, o Comando de Defesa Aérea dos Estados Unidos (Norad) declarou que os lançamentos não representaram uma ameaça para o país. Pelo menos dois deles teriam falhado.
Os disparos acontecem em meio a exercícios militares conjuntos entre tropas dos EUA e da Coreia do Sul, que terminarão no próximo dia 31 de agosto e são os primeiros depois de a Coreia do Norte ter testado mísseis intercontinentais.
Em resposta, o governo de Kim Jong-un havia dito que a manobra era uma “prova de invasão” e podia desencadear uma “incontrolável guerra nuclear”. Já Seul afirma que os exercícios são de natureza defensiva e se devem principalmente às “provocações” do Norte.
O começo de agosto foi marcado por uma escalada da tensão entre Washington e Pyongyang, com o presidente Donald Trump ameaçando atacar o país asiático com “fogo e fúria” nunca antes vistos.
Por sua vez, a Coreia do Norte declarou que preparava um plano para lançar mísseis de advertência contra a ilha de Guam, território ultramarino norte-americano no Oceano Pacífico.
Relatórios da inteligência dos EUA e do Japão indicam que Pyongyang já conseguiu miniaturizar uma ogiva nuclear, passo crucial para armar seus mísseis intercontinentais com bombas atômicas.
Na semana passada, as duas nações recuaram e passaram a adotar um tom mais moderado, após diversos apelos da China e da própria Coreia do Sul. Kim Jong-un chegou a dizer que “esperaria” as ações do “inimigo” antes de tomar qualquer atitude. (ANSA)