Excesso de oferta de eucalipto e atraso em projeto de fábrica impactam o setor
O que foi visto como alternativa para os baixos preços da pecuária de corte no passado, hoje, pode tirar o sono dos produtores rurais que optaram pela silvicultura em Mato Grosso do Sul. O alerta é para aqueles que investiram no plantio fora do raio de atuação das fábricas de celulose instaladas em Três Lagoas. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e da Agricultura Familiar (Semagro), estima-se que Mato Grosso do Sul tenha cerca de 200 mil hectares de florestas plantadas que podem ficar ociosas.
O excedente se deve à corrida do eucalipto, iniciada em 2008, quando da instalação das fábricas de celulose e papel, hoje Fibria e International Paper, e intensificada com a chegada da Eldorado Brasil ao mercado. Atualmente, estima-se que o Estado tenha atingido o total de um milhão de hectares de florestas plantadas.
“Quando a Eldorado entrou [sem ter floresta suficiente], saiu comprando de forma agressiva. Mas, devagar, ela foi arrendando terras próximas, o que é natural para setor. O raio é de 110 quilômetros de distância da fábrica, no máximo. Hoje, nós temos florestas espalhadas por todo o Estado, que podem ficar ociosas. Por isso, precisamos que saia a segunda linha de produção da Eldorado Brasil”, destacou o secretário da pasta, Jaime Verruck.
Fonte: Correio do Estado