Micro e pequenas empresas se beneficiam com esse serviço. Mercado aposta nas brokers, empresas que migram dados para o data center
O mercado de computação nas nuvens está crescendo no Brasil. Micro e pequenas empresas se beneficiam com esse serviço, ao mesmo tempo que empresários vislumbram um setor promissor para investir.
A nuvem é um grande arquivo, mantido dentro de computadores e administrado por empresas que atuam no mercado de “cloud computing”, a computação nas nuvens. Ela armazena dados de tudo, o chamado “backup”, e também roda todo tipo de programa, de aplicativo de celular até softwares sofisticados de gestão de empresas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Infraestrutura de Hospedagem na Internet (Abrahosting), Vitor Neto, a computação na nuvem é a versão moderna do antigo data center: “O cloud veio para fazer uma evolução desse serviço de data center, que se transformou para deixar o serviço mais fácil para o cliente e mais barato também”.
Em São Paulo, por exemplo, uma máster franquia de café, usava um servidor próprio para gerenciar toda sua operação, mas percebeu que as vendas eram maiores e que tinham necessidade de recursos grandes, que o hardware não estava respondendo. “Na venda do dia das mães percebemos que a demanda era maior, tinha demora, fila de processamento, as vendas eram maiores, necessidade de recursos grandes e o hardware não estava respondendo. Era hora de fazer investimento pra continuar expandindo”, conta a gerente de tecnologia da franquia, Tatiana Campo.
Tatiana foi atrás das empresas que oferecem o serviço de armazenamento de dados na nuvem. A solução veio dos sócios Caio Kalin, Ricardo Brandão, Renan e Rodrigo, que têm uma empresa que atua como “broker”, que em português significa corretor. Ou seja, é uma empresa intermediária entre o cliente e o grande provedor de computação na nuvem, ou data center. “A gente trabalha em levar aplicações, levar toda a estrutura das aplicações que rodam nas empresas, geralmente softwares de gestão. A gente leva para o ambiente de cloud computing”, explica Caio.
Os sócios dão consultoria e suporte técnico para quem precisa migrar toda a operação de informática para uma nuvem. A empresa migra os dados dos clientes para a nuvem de uma empresa parceira: uma gigante americana dona do maior acervo de “cloud computing” do mundo. Foi essa empresa que ajudou os quatro rapazes a desenvolverem o serviço no Brasil.
A empresa dos quatro sócios tem mais de 600 clientes no Brasil, América Latina e Estados Unidos. O preço depende do número de funcionários que usa a nuvem. O valor mensal varia de R$ 30 a R$ 200 por pessoa. Este ano, a expectativa é faturar R$ 30 milhões.
Esses números comprovam que a computação nas nuvens é um mercado que só enxerga um caminho: o crescimento. Para montar um data center, é preciso ter muito capital. É por isso que investidores desse mercado optam pela empresa “broker”. Além de mais barato, é um serviço que está em alta. Veja no vídeo acima como funciona esse setor.
Fonte: G 1