Polícia dos EUA investiga suposto estupro transmitido no Facebook
Transmissão teve 40 espectadores, mas ninguém entrou em contato com a polícia
AFP/HK
A polícia de Chicago informou na quarta-feira que está buscando até seis suspeitos de estuprar uma adolescente e transmitir o crime no Facebook Live.
A vítima era uma jovem de 15 anos que desapareceu no domingo nessa cidade e foi encontrada na terça-feira e levada a um hospital.
Trata-se do último de uma série de atos violentos transmitidos ao vivo através do Facebook, incluindo dois assassinatos a tiros e o sequestro e tortura de um deficiente de 18 anos.
“É repugnante, como pai de duas meninas não posso imaginar o que essa mãe está passando”, disse na terça-feira o chefe da polícia de Chicago, Eddie Johnson.
Johnson se envolveu pessoalmente no caso depois que a mãe da menina se aproximou dele e lhe mostrou fotos explícitas registradas de um vídeo de Facebook Live, que mostram vários jovens agredindo a adolescente, segundo meios americanos.
As autoridades informaram na quarta-feira que estão investigando o incidente como um ataque sexual criminoso, e disseram à AFP que nenhum suspeito foi detido até agora.
A rede social se negou a fazer comentários sobre o incidente especificamente, mas disse em um comunicado que a companhia leva a sério sua “responsabilidade de manter as pessoas a salvo no Facebook”.
“Delitos como este são horríveis e não permitimos esse tipo de conteúdo no Facebook”, disse a companhia.
Um homem identificado como tio da vítima disse a meios americanos que os jovens envolvidos, alguns possivelmente menores de 18 anos, eram conhecidos na comunidade local.
O vídeo ao vivo do suposto estupro coletivo teve 40 espectadores enquanto foi transmitido, mas ninguém entrou em contato com a polícia, segundo os boletins. O vídeo foi apagado posteriormente.