Governo terá ‘facão’ entre nomeados para conter rombo de R$ 100 milhões ao mês
Reinaldo prometeu diminuir tamanho sem perder eficiência
Ludyney Moura e Mariana Anjos
A reforma administrativa prometida pelo Governo do Estado deve sair do papel e chegar à Assembleia Legislativa já na próxima semana, foi a afirmação feita pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) nesta quarta-feira (1), para tentar equilibrar as contas da gestão.
“Não temos mais espaço para aumento de impostos. Temos que olhar para dentro das estruturas administrativas e melhorar o perfil com os gastos públicos, diminuir o tamanho do Estado sem perder a eficiência”, afirmou Azambuja.
O titular da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Marcio Monteiro (PSDB), revelou que o Estado convive com um déficit mensal de cerca de R$ 100 milhões, valor que ultrapassa R$ 1 bilhão em um ano.
Ele cita a queda na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) do Gás como um dos responsáveis pelo caixa negativo, já que no último mês a arrecadação que era de cerca de R$ 100 milhões caiu para R$ 38 milhões. “Isso foi o que mais impactou as finanças do Estado”, frisou Monteiro.
Reinaldo citou a necessidade de um reforma previdenciária, e prometeu discutir o assunto antes de enviar um projeto para o legislativo com os representantes dos servidores. “Essa reformulação não é só aumento de contribuição, mas um olhar mais apurado com relação à previdência para os próximos anos, garantindo segurança dos próprios servidores”, afirmou o governador.
O tucano disse que o a gestão deve preparar ‘vários projetos em várias áreas’, e que a reforma vai incluir demissões, ‘principalmente de comisssionados’. Para o governador, o país convive com retração da econômica e PIB negativo, e isso demanda necessidade de uma reforma.
Já o secretário de fazenda, que revelou que até a segunda-feira (30), o Estado já tinha conseguido arrecadar R$ 164 milhões com pagamento do IPVA, frisou que alguns cortes afetarão serviços, como impressões nas secretarias, e até mesmo revisão de incentivos fiscais concedidos pelo governo. “Principalmente de empresas que não estão cumprindo com Estado”, finalizou.
(Matéria editada às 10h30 para correção de informação)