Após desligar 11 radares meteorológicos pelo Brasil atribuindo à falta de recursos para manter em operação os equipamentos de suma importância ao monitoramento de tempestades, o governo federal também suspendeu as verbas para o serviço de radiossondagem, com o uso de balões em aeroportos e estações de superfície e que servem para monitorar a troposfera em diferentes camadas.
Além do mais, o monitoramento de balões meteorológicos é crucial para o desenvolvimento de cartas meteorológicas à aviação, pois engloba dentre outros parâmetros, previsões de gelo, instabilidade e turbulência.
A radiossonda é um conjunto de instrumentos e sensores para medir a temperatura do ar, umidade relativa e pressão atmosférica, enquanto é elevada na atmosfera até alturas típicas da ordem de 30 quilômetros por um balão inflado com gás hélio.
O deslocamento da sonda é registrado por uma antena GPS que permite a medida da direção e velocidade do vento. Os dados observados, minuto a minuto, são enviados via rádio para a estação receptora no solo que os processa, gera uma mensagem codificada e a envia para o Centro Coletor onde ocorrerá a distribuição global.
A Rede de Estações de Altitude Brasil conta com aproximadamente 40 estações e está distribuída entre o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Departamento de Controle do Espaço a Aéreo (DECEA) e a Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha (DHN), que são órgãos operacionais.
Com o limite financeiro imposto, as radiossondagens que antes eram realizadas duas vezes ao dia, agora foram limitadas para uma vez ao dia e com interrupções em vários aeroportos do país.
A Aeronáutica, que já havia divulgado nota com relação ao uso dos radares dando importância pífia aos equipamentos e se esquivando das responsabilidades ditando que a aviação não seria prejudicada, a cada dia perde parâmetros, que já são tão escassos em um país de dimensão continental, no auxílio de navegação mais segura, ou no mínimo, mais completa no que tange ao uso da meteorologia aeronáutica.
Meteorologistas do setor aéreo e previsores e que utilizam sim este tipo de ferramenta diária no uso de suas atribuições passam a contar cada vez menos com a tecnologia perante à restrição orçamentária do governo federal.
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(Crédito das imagens: Arquivo/BBC – Reprodução/Inmet)
(Fonte da informação: De Olho No Tempo Meteorologia)
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