Dólar sobe 2% na semana e fecha a R$ 6,19, com cenário fiscal e novos dados de inflação e emprego

Nesta sexta, a moeda norte-americana subiu 0,26%, cotada a R$ 6,1932. O principal índice de ações da bolsa de valores fechou em queda de 0,67%, aos 120.269 pontos.

Por Redação g1 — São Paulo

Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters

Notas de dólar. — Foto: Murad Sezer/ Reuters

O dólar subiu nesta sexta-feira (27) e fechou a semana com alta acumulada de 2%, cotado a R$ 6,19. Além do persistente impacto dos cenários político e, sobretudo, fiscal, o mercado repercutiu hoje os novos dados de inflação e emprego no Brasil.

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia oficial da inflação, registrou alta de 0,34% em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As projeções do mercado financeiro eram de uma alta superior, de 0,45%.

O IBGE também divulgou números do mercado de trabalho. O desemprego caiu a 6,1% no trimestre entre setembro e novembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, atingindo o menor patamar da série histórica pelo segundo mês consecutivo. O resultado veio em linha com as expectativas do mercado.

No campo político, foco na legalidade das emendas indicadas pelas comissões parlamentares da Câmara dos Deputados. A Casa enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada desta sexta, uma série de informações sobre o tema, a pedido do ministro Flávio Dino.

Na última segunda-feira (23), Dino voltou a suspender o pagamento dessas emendas por entender que as indicações não estavam obedecendo os novos critérios de transparência definidos em decisões anteriores.

As emendas parlamentares são verbas previstas no Orçamento da União pagas pelo governo para deputados e senadores, que repassam o dinheiro para obras em seus estados. O STF vem restringindo, desde agosto, o pagamento das emendas exigindo maior transparência para o uso das verbas.

Diante do mesmo cenário, o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda.