Apesar das altas de hoje, o ambiente semanal ainda é de quedas nos preços, em um cenário com demanda incerta e dólar fortalecido, que pressiona a commodity
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta hoje, em uma sessão volátil, que contou com a divulgação de importantes indicadores para o mercado global. A Agência Internacional de Energia (AIE) elevou sua projeção para o avanço da demanda global por petróleo este ano, mas reduziu a de 2025, citando o impacto da desaceleração econômica da China no consumo. Além disso, os estoques nos Estados Unidos tiveram alta semanal acima do esperado. Apesar das altas de hoje, o ambiente semanal ainda é de quedas nos preços, em um cenário com demanda incerta e dólar fortalecido, que pressiona a commodity.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 0,39% (US$ 0,27), a US$ 68,70 o barril, enquanto o Brent para janeiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve alta de 0,39% (US$ 0,28), a US$ 72,56 o barril.
Para Ipek Ozkardeskaya, analista sênior do Swissquote Bank, o petróleo fez ontem uma pequena tentativa de subida, após uma queda surpreendente nos estoques de petróleo dos EUA na semana passada, mas os ganhos permaneceram limitados. “O barril de petróleo bruto dos EUA está enfrentando uma forte resistência, perto do nível de US$ 68”, aponta.
Em relatório publicado nesta quinta-feira, a AIE agora prevê que a demanda mundial por petróleo aumentará 921 mil barris por dia (bpd) em 2024. No documento anterior, a estimativa era de avanço de 862 mil bpd. Para 2025, por outro lado, a AIE revisou levemente para baixo sua projeção para a alta do consumo, de 998 mil bpd a 990 mil bpd.
Para o HFE, o maior fator do lado da demanda é a China, que acelerou a adoção de veículos elétricos e mudou para o gás natural como combustível para transporte rodoviário. Além disso, a taxa de crescimento do PIB abrandou, assim, exigindo menos petróleo bruto.
Já os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 2,09 milhões de barris, a 429,7 milhões de barris na semana encerrada em 8 de novembro, informou hoje o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. O resultado ficou acima da a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que era de alta de 1,1 milhão de barris.