Pesquisadores já desenvolvem sistemas baseados em IA para detectar sinais precoces de surtos e novas variantes
Nas próximas décadas, há uma chance de 25% de surgirem novos surtos de doenças em escala similar à da Covid-19, podendo ser gripe, coronavírus ou uma nova doença. Na possibilidade de uma nova pandemia surgir, um artigo da BBC analisa como a IA poderia ser útil.
Para enfrentar esse desafio, pesquisadores da Universidade da Califórnia, Irvine (UCI) e da Universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA) estão desenvolvendo um sistema de alerta precoce baseado em IA, financiado pelo programa Predictive Intelligence for Pandemic Prevention da National Science Foundation (NSF) dos EUA.
Este sistema analisará postagens em redes sociais para detectar sinais iniciais de pandemias, utilizando um banco de dados de 2,3 bilhões de tweets coletados desde 2015.
Como a IA poderia “prever” a próxima pandemia
- O projeto liderado pelo Prof. Chen Li da UCI usa aprendizado de máquina para identificar e categorizar eventos significativos que possam indicar futuros surtos, além de avaliar a eficácia de políticas de saúde pública.
- No entanto, a ferramenta enfrenta desafios, como a dependência do X (anteriormente Twitter), que não está acessível em alguns países e a escassez de dados internacionais.
- Além disso, uma ferramenta desenvolvida pela Harvard Medical School e pela Universidade de Oxford, chamada EVEScape, está prevendo novas variantes do coronavírus e pode ser útil para fabricantes de vacinas e desenvolvedores de tratamentos.
A AstraZeneca também usa IA para acelerar a descoberta de anticorpos, reduzindo o tempo de identificação de alvos de meses para dias.
A Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (CEPI) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) veem a IA como uma ferramenta crucial para melhorar a preparação para pandemias, mas alertam que a IA ainda depende da qualidade das informações inseridas e não pode, por si só, prevenir ou desacelerar pandemias.
É essencial ter confiança e colaboração entre os envolvidos para maximizar o potencial da IA e melhorar a resposta a futuras emergências de saúde.