Nariz sangrando, lacrimejamento, pigarro e mais: como o clima seco e a umidade baixa do ar afetam a saúde

A situação é ainda mais complicada para crianças e idosos, que têm menos autocuidado e menos autonomia para se protegerem de ambientes nocivos.

Por g1 — São Paulo

Tipicamente um mês mais seco, agosto de 2024 está ainda pior por causa da alta de queimadas e focos de incêndio na Amazônia, a maior floresta tropical do planeta.

Para além das consequências no planeta, a fumaça (somada à falta de chuva) afeta também a saúde das pessoas, que sofrem com a baixa umidade do ar.

“Quando a umidade relativa do ar está em níveis não recomendados ou perigosos, como por exemplo abaixo de 30%, 20%, e ainda mais crítico, quando está abaixo de 12%, os efeitos negativos sobre a saúde humana são mais visíveis ainda”, explica Jesem Orellana, epidemiologista da Fiocruz Amazônia, em entrevista ao podcast O Assunto desta quinta-feira (22).

“Essa secura do ambiente vai resultar também no ressecamento de algumas mucosas, como o nariz, os olhos… E isso vai gerar, muitas vezes, um sangramento do nariz, vai gerar uma irritação na garganta, uma rouquidão e piora de situações como a de pigarro.”

Orellana ainda lista outros problemas, como vermelhidão e lacrimejamento dos olhos que — pior — podem ser porta de entrada para infecções.

E se é difícil para adultos… A situação é ainda mais complicada para crianças e idosos, que têm menos autocuidado e menos autonomia para se protegerem de ambientes nocivos.

“Elas se hidratam menos e bebem menos água. As crianças têm um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, então por isso acabam precisando de maior atenção em relação à hidratação, não apenas com líquidos, mas também da pele.”

G1