Alergista e Imunologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz destaca medidas essenciais para minimizar os efeitos das alergias respiratórias nessa época
Com a chegada da primavera, as transformações no clima e paisagem são inevitáveis, mas para muitos, a estação traz desafios de saúde, especialmente para aqueles que lidam com alergias. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 40% da população sofre com problemas alérgicos.
Pensando nisso, a Dra. Fabiana Mascarenhas, alergista e imunologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, compartilha informações sobre a prevenção e tratamento das alergias sazonais, visando o bem-estar durante o período florido do ano.
Conforme explica a especialista, as reações alérgicas que ocorrem nessa época podem ser desencadeadas principalmente pela presença de poeira e ácaros no interior de ambientes. Sem esquecer das alergias sazonais, causadas pela exposição ao pólen, uma substância liberada durante o desabrochar das flores, característico da primavera.
“Ao entrar em contato com a mucosa respiratória, o pólen gera respostas alérgicas no organismo que podem variar de leves a graves, em pessoas sensibilizadas. Além disso, fatores como as constantes variações de temperatura, baixa umidade do ar e o acúmulo de poeira e ácaros em ambientes fechados contribuem para o agravamento das alergias respiratórias”, conta.
Dicas para se prevenir
Para evitar que a estação das flores se transforme em um desafio para a saúde, a Dra. Fabiana enfatiza a importância de adotar medidas preventivas. Suas recomendações incluem:
- A limpeza da casa usando um pano úmido ou aspirador de pó, evitando o uso de vassouras, que podem dispersar a poeira;
- Manter os ambientes bem ventilados para evitar o acúmulo de alérgenos;
- Aumentar a ingestão de líquidos, principalmente água, que desempenha um papel fundamental na hidratação do corpo e da via aérea, e pode auxiliar na redução dos sintomas de alergia;
- Manter o nariz hidratado utilizando soro fisiológico, uma solução suave e eficaz para umedecer as vias respiratórias. Esta prática auxilia na prevenção do ressecamento das mucosas nasais, reduzindo a irritação causada pelo pólen e outros alérgenos presentes no ar;
Condições mais comuns
A alergia respiratória mais comum durante a primavera é a rinite, uma inflamação da via aérea que se manifesta com espirros, coceira no nariz e coriza. Além disso, a mucosa dos seios da face pode ficar ainda mais inflamada, o que favorece a presença de infecções e pode levar à sinusite, caracterizada por dor facial, pressão nos seios da face e dificuldade para respirar.
Em casos mais graves, a primavera pode desencadear crises de asma alérgicas, uma doença crônica das vias aéreas que causa dificuldade respiratória, tosse e chiado no peito. Mais raramente, pode ocorrer também a urticária, uma reação alérgica na pele, resultando em erupções cutâneas avermelhadas e coceira intensa.
Embora não exista cura definitiva para essas condições, é crucial buscar orientação médica para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida. O tratamento das alergias geralmente inclui o uso de medicamentos antialérgicos e tópicos nasais para controlar os sintomas como coceira, espirros e congestão nasal.
Além disso, a Dra. Fabiana Mascarenhas enfatiza que, o acompanhamento médico individual e contínuo ajuda a monitorar a evolução da alergia ao longo do tempo, possibilitando ajustes no tratamento conforme as necessidades individuais, contribuindo para uma primavera mais saudável e confortável.