O médico Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos, viveu horas ou até dias de terror antes morrer em uma casa no bairro Vila Hilda, em Dourados.
Detalhes sobre o crime foram divulgados por meio de entrevista coletiva concedida na manhã desta terça-feira (8/8) na sede do SIG (Setor de Investigações Gerais) do 1º Distrito Policial da cidade. Para assistir na íntegra, basta clicar aqui.
O delegado responsável pelas investigações, Erasmo Cubas, relatou que Gabriel chegou na residência no dia 27 de julho por volta das 7 horas da manhã.
“Ele foi amarrado com fios. Foi colocado uma meia na boca dele para não gritar. Uma típica atuação de tortura. Sacola, sangue jorrado nas paredes e mais esta informação trágica, de que ele permaneceu lá agonizando por horas, dias. Vindo a morrer no domingo [30/7] ou segunda [31/7]”, disse.
A vítima foi encontrada pela polícia em uma cama, com mãos e pés amarrados. Perícia indica que ele foi estrangulado e teve o pescoço perfurado. Mesmo assim, permaneceu agonizando por aproximadamente 48 horas.
Emboscada e tortura
Os levantamentos apontam ainda que a vítima foi atraída até o local por Bruna Nathalia de Paiva, 29 anos, apontada pela Polícia Civil como mentora do homicídio.
Por conta de uma dívida em esquema fraudulento que gira em torno de meio milhão de reais, Bruna contratou Guilherme Augusto Santana, 34 anos, Keven Rangel Barbosa, 22 e Gustavo Kenedi Teixeira, 27, para vir de Minas Gerais e matar o médico em Dourados.
O delegado Cubas disse ainda que os criminosos torturaram o médico para conseguir a senha do celular, e por meio deste aparelho, Bruna teria contatado familiares, se passando por Gabriel, para pedir dinheiro e também ludibriar as investigações.
Os envolvidos estão presos em celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e devem passar por oitivas com investigadores no decorrer da tarde desta terça-feira (8/8).
Bruna e os outros três acusados de envolvimento no crime vão responder por homicídio qualificado.
DOURADOSNEWS