O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (20) após novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos darem suporte às cotações. Além disso, os investidores ficaram de olho nos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia sobre as commodities agrícolas.
O resultado frente ao real ocorreu em sintonia com o avanço da moeda norte-americana diante de outras divisas no exterior.
20/07/2023 18:22
Dólar fecha em alta após novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos
Moeda norte-americana avançou 0,35%, vendida a R$ 4,8023.
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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (20) após novos dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos darem suporte às cotações. Além disso, os investidores ficaram de olho nos desdobramentos do conflito entre Rússia e Ucrânia sobre as commodities agrícolas.
O resultado frente ao real ocorreu em sintonia com o avanço da moeda norte-americana diante de outras divisas no exterior.
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A moeda norte-americana subiu 0,35% nesta quinta, cotada a R$ 4,8023. Veja mais cotações.
No dia anterior, o dólar teve queda de 0,48%, vendido a R$ 4,7856. Com o resultado de hoje, a moeda passou a acumular:
- altas de 0,15% na semana e 0,28% no mês;
- queda de 9,01% no ano.
O que está mexendo com os mercados?
O Brasil tem mais um dia de agenda vazia, sem divulgação de indicadores relevantes, com recesso no Congresso Nacional e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retornando de viagem ao exterior.
Nesta quarta-feira (19), Lula foi a Cabo Verde e se reuniu com o presidente do país, José Maria Neves. Foi o primeiro compromisso de Lula na África neste terceiro mandato presidencial.
No retorno de uma viagem à Bélgica, o presidente brasileiro programou uma passagem relâmpago pelo país, arquipélago na costa africana que, assim como o Brasil, faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Lula deixou na madrugada desta quarta-feira (horário de Brasília) de Bruxelas, capital da Bélgica, onde participou da cúpula de líderes da União Europeia e de países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
No exterior, um indicador relevante foi o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego, que caiu inesperadamente na semana passada, apontando para uma força persistente no mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 9 mil na semana encerrada em 15 de julho, para 228 mil em dado com ajuste sazonal, informou o Departamento do Trabalho. Economistas consultados pela Reuters previam 242 mil reivindicações para a última semana.
Embora o mercado de trabalho continue apertado, o declínio da semana passada provavelmente foi exagerado pelas dificuldades em ajustar os dados aos padrões sazonais.
Já os mercados amanhecem com cautela depois de divulgação de resultados de duas big techs: Tesla e Netflix. Os futuros de S&P 500 e do Nasdaq caíam nesta quinta-feira.
O CEO da Tesla, Elon Musk, sinalizou na noite de quarta-feira que reduzirá novamente os preços dos veículos elétricos em “tempos turbulentos”, mesmo com sua guerra de preços apertando as próprias margens da empresa.
As ações da fabricante de carros elétricos caíam 3,5% nas negociações de pré-abertura após os comentários de Musk, mesmo com a Tesla superando as estimativas de lucro trimestral.
“Em meio ao cenário macroeconômico de crescimento global lento e de enfraquecimento do consumidor, a Tesla vem cortando preços várias vezes para tentar preservar a demanda. No entanto, isso tem pesado em suas margens de lucro”, disse Victoria Scholar, chefe de investimentos da Interactive Investor à agência Reuters.
Já a Netflix tinha queda de 7% depois de decepcionar Wall Street com a receita do segundo trimestre, que ficou aquém das estimativas dos analistas.
Entre commodities, os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram nesta quinta-feira em meio a conversas no mercado sobre mais apoio ao setor imobiliário da China, embora preocupações com excesso de oferta e demanda fraca tenham limitado os ganhos.
“Os otimistas agora estão apostando suas fichas em rumores de que os reguladores estão considerando planos para aliviar as restrições às hipotecas a fim de reiniciar o motor de crescimento da economia”, disse Atilla Widnell, diretor-gerente da Navigate Commodities à Reuters.
“Dito isso, as autoridades estão esquecendo o quão danificada e quebrada está a confiança do consumidor após anos de restrições da política zero-Covid e projetos imobiliários atrasados”, acrescentou Widnell.
Fonte: G 1
