Teve início nesta terça-feira (4) o julgamento de Manuela Vitória de Araújo, de 19 anos, presa por tráfico de drogas na Indonésia. O Ministério Público do país pediu a pena de morte contra a jovem. Manuela está detida há três meses.
De acordo com o advogado da jovem no Brasil, Davi Lira da Silva, que atende o caso de Manuela no Brasil, haverá ainda a segunda fase de julgamento, com a leitura das penas, realizada no próximo dia 11. No entanto, a pena máxima já foi considerada logo no primeiro dia.
A história começou no fim de dezembro de 2022 quando Manuela desembarcou de Florianópolis para a Indonésia. A jovem foi presa em flagrante com quase 3 quilos de cocaína dentro da bagagem no aeroporto de Bali em 31 de dezembro.
A Indonésia é conhecida por ser um dos países com as leis antidrogas mais rigorosas do mundo. As penas podem variar de prisão perpétua a morte por fuzilamento, por isso a família está realizando uma “vaquinha” para pagar um especialista em direito internacional.
O advogado de Manuela explica que a jovem foi usada como “mula” para o transporte e enganada por uma organização criminosa, que lhe prometeu férias e aulas de surfe.
“O que queremos provar é que ela não é uma narcotraficante, ela foi usada como mula”, defende.
Segundo Silva, Manuela e a família já tiveram contato. Para essa e outras medidas, além da intervenção do governo brasileiro, a família conta com a ajuda de um advogado indiano chamado Lukas Bano, que juntamente com outros defensores, recebem cerca de R$ 30 mil para apoiar Manuela no País.
A jovem está em uma cela improvisada em uma espécie de delegacia. Por ser improvisado, Manuela dorme no chão, pois não há camas. A defesa argumenta que a jovem não está sofrendo maus-tratos.
rd+