A cidade de Vuhledar, na Ucrânia, foi alvo de um ataque com bombas com potência para derreter carne humana no último fim de semana, segundo informações publicadas pelo Daily Mail.
As chamadas bombas de termite atingem mais de 2.400ºC e não poderiam ser utilizadas em áreas onde há civis, mas os ucranianos estão sendo vítimas desse armamento, apontam organizações internacionais.
Em um tratado da ONU (Organização das Nações Unidas), assinado por 123 países, incluindo Rússia e Ucrânia, em 1983, ficou permitido o uso de armas capazes de causar incêndio apenas contra alvos militares.
O presidente russo, Vladimir Putin, porém, já realizou esse tipo de ofensiva em áreas residenciais desde o começo do conflito, em fevereiro de 2022. O ato é considerado um crime de guerra.
O termite é uma mistura de metais, como alumínio e óxido de ferro, que são altamente inflamáveis e tóxicos. Essas bombas podem destruir equipamentos militares, além de causar grandes incêndios e dissolver uma pessoa, queimando desde a pele até os ossos.
Além disso, a fumaça gerada pela combustão química causa irritação nos olhos, tosse, náuseas e pode causar até a falência dos órgãos.
A ONG Human Rights Watch descreveu a bomba de termite como uma das “mais cruéis” do arsenal russo, afirmando que ela causa “sofrimento imediato e vitalício”. Esse tipo de munição foi usada também na Segunda Guerra Mundial.
A organização afirma que as armas incendiárias “contêm vários compostos químicos que causam queimaduras excruciantes, danos respiratórios e traumas psicológicos”, e pedem mais restrições ao uso nas guerras.
Em novembro, foram documentados pelo menos 40 ataques com armas do tipo entre a Rússia e a Ucrânia. Além do crime de guerra, a ONG também investiga soldados russos por sequestro, estupro, tortura e execução de civis.
R7