As especulações sobre os objetos voadores abatidos pelos EUA esta semana não ficaram só na geopolítica. Seriam naves extraterrestres? O repórter Álvaro Pereira Júnior conversou com especialistas sobre o assunto.
Por Fantástico
As especulações sobre os objetos voadores abatidos pelos EUA esta semana não ficaram só na geopolítica. Surgiu também uma hipótese mais “ousada”: seriam naves extraterrestres? Dá para levar a sério? O repórter Álvaro Pereira Júnior conversou com especialistas sobre o assunto.
“A ciência, ela adora essas coisas inexplicáveis. Porque afinal de contas, a gente faz ciência pra tentar explicar as coisas que a gente não tem resposta ainda”, diz a astrônoma Duília de Mello.
Por exemplo: os vídeos do óvnis apelidados de tic-tac, rapidinho e estabilizador. As imagens deles vieram a público em 2017, quando uma reportagem do jornal “The New York Times” revelou que o governo americano mantinha um projeto sigiloso e milionário para estudar óvnis.
Os três vídeos faziam parte das investigações. E se destacam até hoje entre os mais inexplicáveis dos fenômenos pesquisados.
“A gente não consegue explicar todas aquelas visões que os pilotos tiveram e ainda têm, né? Eles veem coisas que não necessariamente são fenômenos que a gente consegue explicar”, diz Duília.
Mas o fato de ainda não existir explicação não significa que sejam coisas de outro planeta. Vamos supor que a nave viesse de um planeta que gira em torno da estrela mais próxima do nosso sol: Centauro, que está a 4, 3 anos luz de distância.
Quer dizer: se uma nave saísse dali, e se conseguisse viajar na velocidade da luz, 300 mil quilômetros por segundo, ainda assim ela levaria quatro anos pra chegar à Terra. E isso, para a estrela mais próxima! Imagina então para o restante do universo.
Os cientistas estimam que a nossa galáxia, a Via Láctea, tem centenas de milhões de planetas que podem abrigar vida. Como existem entre cem bilhões e duzentos bilhões de galáxias, a probabilidade de existir vida em algum lugar é muito alta.
Por isso, em vez de ficar esperando que alguma nave extraterrestre faça uma viagem impossível pelas leis da física, os cientistas procuram ondas eletromagnéticas enviadas por outras civilizações. Como sinais – eles sim – viajam na velocidade da luz, e é menos difícil chegarem até nós, pelo menos em tese.
Foi assim no filme “Contato”, de 1997. “É sobre como que a gente ia adivinhar a forma que o ET quer falar com a gente, né? E aí tem lá a detecção, pela primeira vez, de um sinal vindo de fora da Terra”, explica Duília. Por enquanto, isso só aconteceu no cinema.