FGV: recessão da covid terminou no 2º tri de 2020 e foi a mais forte desde 1980

Apesar de curta, a recessão de 2020 foi a mais intensa entre aquelas datadas pelo Codace, com um retração acumulada de 10,7% no Produto Interno Bruto (PIB).

A recessão econômica causada pela covid-19 no Brasil durou apenas dois trimestres, tendo terminado no segundo trimestre de 2020, conforme relatório do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quinta-feira, 2. Apesar de curta, a recessão de 2020 foi a mais intensa entre aquelas datadas pelo Codace, com um retração acumulada de 10,7% no Produto Interno Bruto (PIB).
Criado em 2004, o Codace datou os ciclos econômicos desde 1980. A recessão de 2020 foi, portanto, a mais intensa desde então, superando as provocadas pela crise da dívida externa, entre 1981 e 1983, com retração acumulada de 8,5%, e a provocada pelos desequilíbrios fiscais e turbulências políticas, entre 2014 e 2016, com retração de 8,1%.

Essas duas outras grandes recessões, porém, foram mais longas, durando nove trimestres, no primeiro caso, e 11 trimestres, no segundo.