O Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou as projeções para a economia global e apontou a China e a Índia como os principais motores da economia em 2023. A reabertura da economia chinesa após as restrições geradas pela política de tolerância zero para a Covid-19 prometem dar fôlego à atividade econômica com o retorno da mobilidade e atividades econômicas favorecendo uma perspectiva de crescimento de 5,2% para o PIB neste ano. A Índia deverá crescer 6,1% e junto com a China, responderá por metade do crescimento global.
O agronegócio brasileiro concentra boa parte das exportações para a China e mercados asiáticos. China e Hong Kong respondem por 33% dos nossos embarques, seguidos por Ásia (exceto China),com 17%, União Europeia com 17,3% e Oriente Médio, com 13%. A expectativa de melhora econômica nessas regiões asiáticas pode gerar fôlego para os embarques do agro, que em 2022 registraram novo recorde em valor: totalizando US$ 159 bilhões, alta de 32% em relação a 2021.
Até 2030, a Índia deve se tornar a terceira maior economia do mundo, de acordo com a S&P Global, com projeção de crescimento ao redor de 6% em média. O crescimento populacional e de renda chama atenção do agro pelas oportunidades que podem gerar. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2022, as compras indianas de produtos agropecuários cresceram 128%, com destaque para o óleo de soja. O país saiu da 22ª posição para 9ª no ranking de destino das exportações do agro em 2022 ante 2021.
O maior crescimento econômico projetado pelo FMI para 2023 será da Índia, acima das demais economias em desenvolvimento e acima das desenvolvidas. No segundo semestre deste ano há expectativas de que Lula vá à Índia na cúpula do G20, grupo que representa as 20 maiores economias do mundo. Membros do Ministério da Agricultura tem viagem marcada para o país agora em fevereiro. Na pauta agrícola, há oportunidades para ampliar o comércio e diversificar o envio de produtos para a Índia. O agro está atento para o possível novo motor da economia global, que já em abril será o país mais populoso do mundo superando a China.