Nazistas presos em Santa Catarina têm identidades reveladas; veja quem são

Os oito neonazistas presos na última segunda-feira, 14 de novembro, em São Pedro de Alcântara, na região metropolitana de Florianópolis, em Santa Catarina, após operação da Polícia Civil que desbaratou encontro ilegal entre diferentes células, finalmente foram identificados publicamente. Três dias depois de serem presos, outros neonazistas retaliaram ameaçando promover uma chacina em mostra de cultura haitiana realizada em Itajaí (SC) na última semana. Felizmente, as ameaças não se concretizaram.

Entre os presos está Laureano Vieira Toscani, com farto histórico de crimes de ódio, muito anteriores à onda atual, vinculada à ascensão de Jair Bolsonaro (PL). Laureano foi processado por tentativa de homicídio e condenado por atacar um grupo de judeus nas ruas de Porto Alegre. O caso ocorreu em 2005. Ele ainda é julgado por tentativa de homicídio a um segurança negro, ocorrida em 2009, mas o processo ainda corre. O nazista cumpria pena no momento de sua prisão, e usava a tornozeleira eletrônica que o monitorava.

Saiuri Reolon, que aparece em fotografias sem camisa, portanto armas e fazendo saudações hitleristas diante de uma bandeira nazista, vive em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Ele seria empresário do setor têxtil e tem antecedentes criminais por lesão corporal, homofobia e ameaças.

Outro preso é João Guilherme Correa. O personal trainer paranaense chegou a ser denunciado por duplo homicídio por conta de disputas internas entre os fundamentalistas neonazistas de extrema-direita da região metropolitana de Curitiba.

Gustavo Humberto Byk é natural de Eldorado do Sul, no Rio Grande do Sul. Ele tem passagens por preconceito religioso. Também foi preso o vigilante Julio Cezar de Souza Flores Junior, que tem passagens por receptação e porte de arma de fogo no Rio Grande do Sul; Igor Alves Vilaca Padilha, engenheiro de Minas Gerais, é supostamente dono de um escritório de contabilidade; Migual Angelo Gastar Pacheco, natural de Portugal e morador de São José, na região metropolitana de Florianópolis, onde atua como empresário; e Rafael Romann, catarinense radicado no Paraná.

Os presos têm entre 22 e 48 anos e essas são as informações disponíveis, por enquanto. A defesa deles disse para o G1 que as acusações não correspondem à realidade.

O delegado Arthur Lopes, responsável pela operação, disse à imprensa na ocasião da operação que a polícia apreendeu equipamentos eletrônicos e que outro mandado de busca de apreensão teria sido cumprido no município de Florianópolis. Os extremistas teriam escolhido a cidade de Santo Amaro de Alcântara para o encontro por se tratar da primeira colônia alemã fundada em Santa Catarina, em 1829.

*Com informações do G1.