Dólar cai no dia, mas tem melhor semana desde maio de 2020

os mercados financeiros podem ter se enganado ao se convencer de que Lula seguiria uma agenda fiscal ortodoxa, e decidiu cortar sua exposição a riscos do Brasil diante dessa reavaliação.

Como os ativos locais vinham se mostrando bastante atraentes antes do tombo de quinta-feira, “a alocação provavelmente está saturada, o que pode levar a um tempo de reação (negativa) mais longo do que apenas um dia”, alertou o Citi.

Entre as medidas adotadas para reduzir a exposição ao país, o banco norte-americano reduziu suas posições vendidas no par dólar australiano/real (que apostam na queda da divisa australiana frente à brasileira).

A Oxford Economics, por sua vez, disse em relatório esperar que a volatilidade permaneça elevada nos mercados brasileiros até que a transição presidencial seja concluída, no início de janeiro, e projeta que o real oscilará numa faixa de 5,20 a 5,30 por dólar durante esse período.

“Esperamos que a regra fiscal do Brasil que já foi vista como à prova de balas seja gradualmente diluída ao longo dos próximos quatro anos. Como resultado, nós vemos uma probabilidade crescente de o Brasil migrar para longe do equilíbrio de inflação baixa e juros baixos alcançado em 2017 a 2020 para um com inflação e taxas mais altas de 2023 a 2026”, disse a gigante de assessoria econômica.

Fonte: Reuters