Após 1º turno, dólar tem a maior queda desde 2018 e Ibovespa cresce mais de 5

O resultado do 1º turno das eleições teve impacto no mercado nesta segunda-feira. O dólar comercial fechou hoje em queda de 4,1% e cotado a R$ 5,174. Com isso, a moeda teve sua maior queda percentual diária desde 8 de junho de 2018, quando tombou 5,6%, segundo a agência Reuters.

A desvalorização do dólar frente ao real ocorre após um desempenho melhor do que o esperado do presidente Jair Bolsonaro (PL) no primeiro turno das eleições brasileiras. A votação por um Senado conservador interessou o mercado sobre a agenda econômica do próximo governo.

Além de Bolsonaro ter recebido mais votos do que o previsto nas pesquisas, investidores acreditam que, para a campanha de segundo turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará se aproximar mais do centro.

“Com o perfil do Congresso extremamente bolsonarista, Lula em eventual mandato terá que se aproximar de todos os partidos, inclusive de desafetos recentes, crescendo a chance de o MDB declarar apoio formal ao ex-presidente”, afirmou Étore Sanchez, da Ativa Investimentos.

Ibovespa cresce mais de 5%

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), disparou e encerrou hoje em alta de 5,54%, aos 116.134,46 pontos. oOs principais destaques positivos do dia foram ações da Sabesp (SBSP3), que cresceram 16,94%, e da Petrobras (PETR3 e PETR4), que tiveram valorização de 9,04% e 8,04% respectivamente.

A possível interferência de um governo do PT na Petrobras trouxe perspectiva negativa para o mercado, com preferência por avanço da privatização da estatal em um governo de Bolsonaro.

Com um segundo turno entre os dois candidatos mais acirrado que o previsto, o mercado reagiu comprando ações da petroleira.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

*Com Reuters