País pode ter, pela primeira vez após a Segunda Guerra, uma primeira-ministra de extrema direita. Endividamento e Guerra da Ucrânia são fatores em jogo na eleição.
Por g1
A Itália vai às urnas neste domingo (25) para escolher um novo Parlamento e, por consequência, um novo governo.
Os italianos escolhem, até às 18h (horário de Brasília), quem serão os seus representantes em Roma.
Segundo indicam as pesquisas de opinião, o país está a caminho de ter uma primeira-ministra de extrema direita após o colapso do governo do primeiro-ministro Mario Draghi e a convocação do pleito.
Essa é a primeira eleição a ser realizada desde que foram adotadas mudanças constitucionais que reduziram o tamanho das duas câmaras parlamentares. Também ocorre no momento em que a terceira maior economia da União Europeia, uma das mais endividadas, tenta lidar com a disparada dos preços da energia, as taxas de juros crescentes e as consequências da invasão russa da Ucrânia.
Ao fim do período de votação é esperada a divulgação de pesquisas de boca-de-urna que darão pistas de que governo deverá ser formado.
A aliança com maior quantidade de parlamentares eleitos nomeia o primeiro-ministro. Entre os principais candidatos estão Giorgia Meloni (candidata da extrema-direita) e Enrico Letta (candidato de centro-esquerda).
Homem participa das eleições na Itália em 25 de setembro de 2022 — Foto: Remo Casilli/REUTERS
Essas eleições são diferentes das últimas no país, já que apresentam uma série de desafios em questões econômicas e políticas.
O que acontecerá com os bilhões de euros do fundo de recuperação pós-covid concedidos à Itália pela UE? O apoio à Ucrânia continuará diante da invasão russa?